Filmes Comentários

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Questão de direito

Ricardo Líper
Como não sou advogado cometi um engano e vou aqui retificar. Um leitor me enviou uma excelente análise a respeito da censura de um filme recentemente. Eu acho que qualquer tipo de censura a espetáculos, livros, filmes, arte em geral é uma monstruosidade muito pior do que qualquer coisa que uma veículo de comunicação  possa veicular. E vai de encontro ao liberalismo assassinando qualquer democracia. O país que tem um dispositivo desse é um país infeliz. Será presa fácil de qualquer fascista que o desencadeie. Assim sendo o PT e a nossa Dilma não são culpados. Agora pergunto a quem entende melhor do que eu: Dinamarca, Holanda, Suécia e outros países civilizados possuem um dispositivo como esse que permite uns e outros usar para proibir a livre liberdade de expressão ou é coisa de nosso pobre e desgraçado país? Gostaria que me informassem o nome de um filme, recentemente, proibido de ser exibido em um desses países citados acima. Sim, porque eu ainda tenho alguma esperança na humanidade porque existem esses países cuja qualidade de vida é melhor do que os outros. Estou falando de liberdade de expressão, não venham me falar de economia e misturar, matreiramente com o que estou falando, para invalidar o argumento que não sou menino. Sei que são países capitalistas claro, mas o que admiro neles é a liberdade de expressão e isso para mim é sagrado. Sem isso não existe civilização possível só picaretagem e gente safada perseguindo os outros. Não vi o filme. Só soube dele por causa da censura. Pelo que falam do conteúdo desse filme não vou gostar de vê-lo se é que algum dia vou assisti-lo. Mas, porra, quero ter o direito de, se quiser, livremente, poder vê-lo ou quem o quiser  possa fazê-lo. A minha questão é essa, apenas essa e nada mais. Enfim, fascismo nunca mais.  

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Abençoados por Deus e bonito por natureza!

Alex Ferraz

O presidente da UNE está no Chile, onde foi apoiar a luta dos estudantes por melhores condições de ensino e contra a corrupção.
É, pelo visto o dirigente maior da UNE não tem mesmo o que fazer aqui, pois o ensino deve estar às mil maravilhas neste Brasil sem corrupção...

Olha, já passa da hora de se criar uma nova entidade estudantil neste país, porque a UNE pelegou de vez. Isto é, se se conseguir encontrar meia dúzia de estudantes que ainda raciocinem. Hehehe...

Quase não acreditei



Ricardo Líper
A notícia: 
O governo da província de Fukushima devolveu dinheiro enviado pela Cruz Vermelha para atender às vítimas do terremoto, tsunami e crise nuclear. O equivalente a R$ 180 milhões. O Japão – como qualquer outro país – não está livre da corrupção, mas esse é mais um exemplo da honestidade local. Se o dinheiro é para socorrer vítimas e não há vítimas, devolve-se o dinheiro. Simples assim.

O que me ocorre que pode ser a causa desse ato honrado foi que o Japão foi um país que teve samurais. Os samurais geraram um código de honra, o bushido, oa japoneses admiram até hoje esse guerreiros e seus pensamentos. Eles procuram ter honra. Nós não sabemos o que significa honra. Pergunte a qualquer um o que é honra. Não sabem o significado. Pensam que ser homem é comer mulher e pronto. Um país assim só pode ser do jeito que é... Já pensou 180 milhões nesse nosso país a briga que ia ser para dividir...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

E a ONU, quem diria, acabou patrocinando escravidão feminina

"A Informante" é pra quem tem inteligência para saber que a mulher continua, mesmo no Ocidente, sendo um objeto utilizável/descartável nas mãos dos homens


tonY pacHeco


"O homem é uma paixão inútil."
(Jean-Paul Sartre)


É muito difícil, depois de décadas habitando este planeta, ainda acreditar em qualquer ideologia que pregue que o ser humano não é, essencialmente, mau, e, sim, que o sistema é bruto, daí que os homens ficam maus.
Mas, aí, surge um ser humano excepcional que nos faz acreditar DE NOVO, na utopia. É o caso de Kathryn Bolkovac, uma policial de Nebraska, estado americano, que vai para a Bósnia, após o fim da guerra entre bósnios muçulmanos, croatas católicos e sérvios ortodoxos, apenas e tão somente para ganhar 100 mil dólares por seis meses de trabalho e poder morar perto de sua filha, que acaba de ter sido tomada dela por um marido escroto que teve a simpatia de um juiz que lhe dá a guarda da menina apenas porque a mãe era uma policial.
Só que, ao chegar na Bósnia Herzegovina, a policial, vivida neste filme "A Informante", pela excelente Rachel Weisz, vê que a MISOGINIA, que ela pensava que era só em Nebraska (um estado horroroso, daqueles bíblicos do centro dos EUA), é muito mais radical ali no Sul da Europa, onde muçulmanos alucinadamente antimulher, croatas católicos fundamentalistas destemperadamente antimulher e sérvios ortodoxos antimulher até a raiz do cabelo, se juntam a soldados da Organização das Nações Unidas, diplomatas oportunistas e machistas, e muitos policiais sérvio-bósnios para montar uma máfia de tráfico de mulheres de países da Europa Oriental.
E, aí, cabe um esclarecimento. Depois que os EUA, com a ajuda luxuosa do Vaticano de João Paulo II, conseguiu o desmoronamento da União Soviética, as repúblicas da Europa Oriental, antes "colônias" russas, acabaram nas mãos de máfias ou governantes corruptos, como Ucrânia, Bélarús, Lituânia, Romênia, República Tcheca, Eslováquia e tantos outros países. Países sem tradição de organismos defensores da cidadania, onde as máfias (de drogas, de armas, de sexo, de escravidão etc.) tomaram conta. 
Nestes territórios de ninguém (no men lands) é onde começa o filme "A Informante": nas ruas da Ucrânia, uma nação jovem e desgovernada, onde os seres humanos não valem um tostão furado. Ali, a garota menor de idade Raya é levada para a Bósnia para servir às práticas sádicas de soldados a serviço da ONU. E ela é vendida por quem? Pelo tio dela, casado com a irmã da mãe dela, que concorda com a venda pelo direito de comprar geladeira nova...
Críticos que entendem mais que eu de técnica cinematográfica, criticam o filme por ser realista demais, panfletário demais. MAS, EU, IGNORANTE, GOSTEI FOI JUSTAMENTE DISSO. O filme é panfletário. Mostra que não são só os xeques do Golfo Arábico que compram mulheres loiras no mercado negro do sexo para transformá-las em escravas em seus reinos de mil e uma noites. Nós, ocidentais, também gostamos de maltratar nossas mulheres como se fossem mulas. 
Agora, o ápice do filme denúncia é notar que os Estados Unidos e o Reino Unido (Inglaterra), mesmo depois de todas as denúncias, mantiveram em seus cargos todos os filhos-da-desgraça que patrocinaram a escravidão de mulheres na Bósnia e os mandaram para o Iraque e o Afeganistão para fazer a mesma coisa por lá: fornecer mulheres para serem espancadas e satisfazer os instintos cruéis da tropa.
Destaque para Rachel Weisz, Monica Bellucci e Vanessa Redgrave, que são atrizes caríssimas, que só devem ter participado deste filme para se juntar ao coro internacional contra o tráfico e a escravidão sexual das mulheres.
O machismo brasileiro IMPEDIU o filme de ir aos cinemas e, agora, só na sua locadora, baixando no computador ou no seu pirateiro favorito.
Vale a pena assistir! Vale a pena propagar a denúncia!

domingo, 28 de agosto de 2011

"A Árvore da Vida" ou uma floresta de sem-talento?

Acredite se for capaz: esta é uma cena de "A Árvore da Vida", uma pataquada pentecostal misturada com Discovery Channel.


tOny pachecO


Se você ainda não viu e não quer se aborrecer, não vá ao cinema ver esta porcaria nem compre o DVD nem o alugue.
Quando você vê o elenco encabeçado por Brad Pitt e Sean Penn, a primeira imagem que você tem é dos filmes que ambos já estrelaram, a maioria absoluta muito bem feitos.
Mas este é uma pataquada evangélica cheia de referências religiosas que ainda apela para sequências inteiras (e longas, e chatas, e insuportáveis) de trechos chupados do Discovery Channel que tem criação do Universo, espermatozóides fecundando óvulos, dinossauros (sim, dinossauros...) e toda uma baboseira insuportável.
Seria digerível, se fosse bem-feito. Mas é ruim, não tem timing, dá sono.
Fico pensando: o que passou na cabecinha de Brad Pitt e na de Sean Penn para participar de um filme assim? Por dinheiro não foi. Ambos estão muito ricos e o filme não consegue sequer se pagar, portanto, não ia pagar cachê milionário a eles. Será que estavam drogados? Seria que aderiram a mais uma religião maluca, como a Cientologia?
Eu não sei nem quero saber. Só tenho a obrigação de alertar os amigos: NÃO PERCAM SEU TEMPO, VOCÊS VÃO SE ABORRECER MORTALMENTE.
E olhe que não estou sozinho nisso. Pois podem me acusar de não ser um expert. Fui assistir o filme com professor Ricardo Líper, especialista em Estética da UFBA, onde dá aulas: ele também não suportou.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sai a besta, entram os selvagens

Alex Ferraz


Khadafi, o ditador mor, cerca de 40 anos acuando e silenciando os líbios com violência e censura, está foragido. Onde ele vivia, nababesca e acintosamente diante do pobre povo líbio, uma multidão furiosa ocupa os espaços. Depreda, sacaneia, faz, enfim, grande deboche com as camas de ouro e os palácios do ditador posto para correr.
Que beleza! Podemos dizer, nós, intelectuais ocidentais enlevados com as “mudanças” no mundo árabe. Bobagem, ouso dizer, mais uma vez, a exemplo dos meus comentários de ontem, neste espaço. Vejo a besta expulsa e as feras tomando o poder. Nada é mais selvagem do que uma multidão enfurecida. Podem me perguntar os leitores: “Mas, e aí, você não se satisfaz com nada?” Respondo: não. Mas me daria por sossegado se os heróis que põem para correr, hoje, o ditador da Líbia, tivessem um mínimo de decência. Poderiam cercar os palácios do ex-ditador, salvaguardar tudo que neles há, leiloar para o bem da população miserável da Líbia, fazer, enfim, qualquer coisa que demonstrasse que são, realmente, diferentes da selvageria que acabam de depor. Mas, não. E nada mais digo.

Inferioridade Nacional

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Nesta postagem raivosa não tenho a pretensão de tecer análises profundas ou conclusivas. Não se trata de uma matéria jornalística ou um estudo científico. É apenas um desabafo ou, ironicamente, “um brado forte e retumbante”, como sempre muitos ainda cantam com brio e orgulho.

A minha revolta, neste caso, não está ligada às grandes questões nacionais, como os sem-terra, a fome no Nordeste, a tragédia da saúde e da educação pública, o desemprego e as terceirizações, ou a privatização branca da Petrobrás, que no primeiro semestre de 2011 lucrou mais de 20 bilhões de reais.

Estou, sim, me referindo ao complexo de inferioridade que sempre assolou o país. Nossa formação histórica, assim como de tantos outros países, foi de subserviência. Fomos colônia por 322 anos e, para ficarmos “independentes”, assumimos a dívida da coroa portuguesa com a Inglaterra. Aceitamos o papel de monocultores voltados para a exportação, enquanto nossa abastada burguesia aristocrática se comportava e consumia como se vivesse em algum bairro chique de Londres.

Auxiliamos os países imperialistas quando eles nos solicitavam. Assim estraçalhamos nossos vizinhos paraguaios, que se opunham a imperiosa Inglaterra e atrapalhamos a vida dos dominicanos em nome da nossa amizade com os anjos americanos (para quem não tem boa memória, ajudamos os EUA a invadir a República Dominicana), e ainda hoje ajudamos na intervenção “humanitária” no Haiti.

Mas agora que estamos na “Era da Informação”, o nosso complexo se adequou aos novos tempos. Podem reparar que, volta e meia, aparece um pau-mandado das grandes potências, com fama de intelectual ou especialista, e diz que o país está fazendo isto ou aquilo errado; que deve fazer este ou aquele ajuste. Pode ser, por exemplo, um “jornalista” de alguma Revista Semanal (cujo dono é um daqueles burgueses aristocráticos já citados), afirmando peremptoriamente que devemos agir como chineses e indianos para crescer como eles.

Ou então em alguma Revista Estrangeira. Quando o gringo fala, é uma correria alucinada para responder e se justificar. Isso quando tal crítica não tem conseqüências concretas, como uma mudança de condução na política econômica do governo, por exemplo.

Antes, com o PSDB no poder, Malan era o responsável mor por estas respostas no governo neoliberal de FHC. Durante alguns anos Palocci foi o respondedor oficial do governo liberal/petista. E agora vemos Guido Mantega correr para as câmeras de TV para dizer que estamos “fortes”, pois fomos bons alunos e estamos cumprindo todas as ações ensinadas pelo FMI e pelo Banco Mundial.

Por isso alerto. Não dêem ouvidos a aqueles homens sem garbo. Eles não parecem estar interessados em nossas grandes questões nacionais, muito menos no bem-estar do povo brasileiro. Eles apenas parecem querer ajudar a garantir as melhores condições possíveis para a valorização dos grandes capitais externos investidos no país.

Mas há gente pior que eles. Temos aqui pertinho de nós indivíduos que batem no peito se dizendo defensores do Brasil. Alguns até são grampeados falando isso. Mas sob esta máscara os Paloccis, Malans, Robertos Campos, ACMs (filhos e netos), FHCs, Delfins Netos da vida, fazem o serviço subalterno do capital internacional, e de seu próprio interesse.

Não quero que se pense que estou fazendo um discurso patriótico. O patriotismo é caracteristicamente xenófobo. Não sou contra aqueles que nascem fora de nossas fronteiras. Sabemos que de ambos os lados dessas fronteiras se encontram pessoas que apenas desejam satisfazer seus egos e prazeres pessoais, aqueles que por um mísero milhão de dólares podem decretar a morte de milhões de pessoas.

Portanto a nossa resistência deve se iniciar a partir deste pressuposto: Não devemos nos sentir diferentes por causa da cor, sexo, religião ou nacionalidade. Mas sim pela ideologia. De um lado os que acreditam na liberdade, igualdade, solidariedade, e na força que o povo tem para autogerir seus próprios destinos. É para este lado que gostaríamos que todos se lançassem.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eu vejo, Freud explica

Alex Ferraz

E eis que o molecão Neymar, com apenas 19 anos de idade, toma a atitude que já se tornou clássica entre jogadores de futebol noviços porém famosos: fez um flho, que exibe como um troféu.
Já notaram que isso virou moda? Até parece que esses rapazes estão querendo dizer: "Olha, pessoal, em sou mesmo machão. Aqui está a prova." Que bobagem! Como se ninguém soubesse o que rola (epa!) dentro das concentrações, como fato que foi testemunhado 40 anos atrás, pelo já falecido João Saldanha, ex-treinador da Seleção e ex-comentarista esportivo. Em seu livro de memórias, Saldanha cita, a certa altura, que, ao chegar à concentração da Seleção, foi direto aos aposentos de um seu ídolo e, vejam só, deu de cara com este ídolo nos braços de outro ídolo.

Idolatrias à parte, deixo aos psicanalistas as explicações científicas para este comportamento de autoafirmação constante dos jogadores.

Apenas sinto-me na obrigação de anotar, neste pé de página, que Oscar Wilde era casado e tinha filhos...

Censura implantada no Brasil

Será censurada no Brasil por sugerir suruba com os anões
Ricardo Líper
Não tenho para censura duas medidas. Ela é, sob qualquer ponto de vista, uma atitude fascista. Quem sempre censurou foram os inquisidores, os ditadores, os fascistas. Nada é mais autoritário do que proibir, quem quer que seja, de ver, ler, ouvir alguma coisa. Um país que tem censura é um país autoritário. Não entendo como o PT que exerce o poder nesse país chamado Brasil concorda com um ato de extrema violência como ocorreu, recentemente, com a proibição do filme Serbian Film. Não entendo como a atual presidenta, que sempre foi tão censurada quando atuava politicamente contra a ditadura militar, que a tudo censurava, aceita que, sob o seu governo, ocorra uma monstruosidade dessa. Nem quero saber os motivos. Possivelmente não concordo com nada que o filme mostra. Claro que não concordo com a violência, a tortura, com o estrupo que são atos tão autoritários como a censura. Assim como não concordo com a pedofilia porque o pedófilo exerce uma atitude semelhante ao estupro exercendo um poder sobre uma criança que, livremente, não teria ainda discernimento para escolher. Mas em um país democrático que respeita a liberdade das pessoas a censura é uma aberração e quem a defende um fascista. E tem mais, uma vez desencadeada ela irá censurar tudo até Branca de Neve e os Sete Anões sob a alegação de que a jovem morando com os anões sugere suruba e bacanal. Aguardem e verão. Dilma ou Dilma, eu lhe admiro em muitas coisas, sofri como você deve ter sofrido, a proibição do filme de Godard sobre a virgem santíssima e agora ter de passar de novo por isso no governo do PT acho bizarro, sem sentido. Talvez nem vá ver o filme quando ele for liberado mas quero o direito de decidir se o vejo ou não garantido pela nossa constituição e pelo governo que elegemos. Precisamos que, em respeito ao Brasil e as instituições democráticas  que esse filme seja liberado já e instituída uma lei contra a censura com multas altas, muito altas para quem tentar censurar alguma expressão do pensamento sob qualquer pretexto. O Brasil precisa ser um país de todos, democrático e civilizado. 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Jornal da Mídia denuncia: BA-001 - Portal de entrada de Salvador no buraco




'Rodovia Sonrisal' vai ser inspecionada por Otto Alencar
• Por Redação do JORNAL DA MÍDIASegunda-feira, 22/08/2011 - 12:04
Descrição da Foto
O asfalto da BA-001, a "Rodovia Sonrisal", se acabou todinho com as chuvas. De péssima qualidade, não resitiu às chuvas. Quem aprovou a qualidade dos asfalto? É o dinheiro público jogado no esgoto.
O asfalto da rodovia BA-001, trecho que liga Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, a Nazaré, está se derretendo. O que causa mais espanto é que a rodovia foi dada como ''totalmente'' recuperada pelo Governo do Estado no final do Verão que passou.

Os buracos, ou melhor, as verdadeiras crateras começam logo no Terminal Rodoviário de Bom Despacho. O trecho mais crítico, porém, é o que vai da Ponte do Funil a Nazaré.

O asfalto, de péssima qualidade, está se acabando. É o verdadeiro asfalto ''Sonrisal''.

É inacreditável, mas o Derba, responsável pela fiscalização da obra, deve ter aprovado tudo e agora está todo mundo tirando da seringa.

O governador Jaques Wagner garante que vai tomar providências.

O secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, avisa que vai fazer nos próximos dias uma ''visita de inspeção'' à rodovia.

Não se sabe se Alencar, que é um médico ortopedista de mão cheia, mas que no governo Wagner cuida de estrada, transporte, comunicações, energia e do problemático ferryboat, vai atravessar para a Ilha de carro ou no helicóptero do governador Wagner.

Se optar pela travessia de ferry, é bom avisar antes ao companheiro Pinto dos Santos, o dono da TWB, para colocar pelo menos o Ferry-Bate ''Anna Nery'' à sua disposição. Pode ficar à deriva, mas o risco é menor. Os outros navios estão em estado deplorável, principalmente o "Pinheiro'', que foi todinho sucateado. A população cansou de reclamar diante da inoperância total do padrinho da TWB, o governo da Bahia. (pela transcrição, TonY PaCheco).

Para além da filosofice ocidental e catolicista

Índio Sioux
Ricardo Líper
Vocês devem conhecer. É de uma sabedoria que psicolozinhos ficam no chão. O nosso maior inimigo, que todos temos,  está dentro de nós. Os outros só nos fazem mal, na maioria das vezes, quando o permitimos. Estou falando da oração dos índios americanos supliciados e dizimados por  aquela coisa horrorosa que são os crentes brancos norte-americanos . A oração vai abaixo.

Oração Sioux



Óh! Grande Espírito cuja voz ouço nos ventos,
cujo hálito, da vida ao mundo,
ouça-me sou pequeno e fraco,
preciso de tua força e de tua sabedoria,
faça com que meus pés andem em beleza,
e que minhas mãos protejam as coisas que fizestes.
Faça-me sábio para que eu possa aprender as lições
que escondestes em cada folha e em cada pedra.
Faça-me forte, não para ser superior aos meus
irmãos,
mas para que eu possa enfrentar meu maior inimigo,
“Eu Mesmo”.
Faças com que eu esteja sempre pronto a te
encontrar, olhando nos olhos.
Para que quando a minha vida se for, assim como o
sol se põem,
meu espírito não tenha vergonha de fazê-lo.”

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brasileiro não é otário. Otária é a classe média.

tonY Pacheco

É comum nestes tempos de caça aos corruptos mais notórios, a indignação da mídia (toda a mídia, da esquerda à direita) com uma suposta INDIFERENÇA do povo brasileiro em relação ao descalabro em que os políticos nos meteram de 1985 para cá. Até meu amigo Alex Ferraz, nosso companheiro de blog, fica injuriado porque os estudantes (a UNE, UBES e outra siglas menos cotadas), a OAB, a ABI, a CUT e tantos outros organismos sociais ficarem MUDOS em relação ao inferno de Dante em que se transformou o Brasil.
Quero jogar uma tese para tentar explicar esta suposta indiferença.
Primeiro, no meu entender, os brasileiros não são os "carneiros" que os jornalistas pensam que eles são, nem tampouco têm a vida de gado de que nos fala Zé Ramalho.
Segundo, vejamos classe por classe.
Os brasileiros RICOS, como empreiteiros, banqueiros entre outros, nunca tiveram tantos lucros como nos últimos 16 anos (governos Fernando Henrique/PSDB e Lula/PT). O Brasil tem uma quantidade de milionários como nunca se viu antes na História deste País, parodiando o ex-presidente alegre e fagueiro. Os bancos, hoje em dia, além de disporem de nosso dinheiro à vontade, ainda são liberados para cobrar taxas de manutenção das contas. Explico: você coloca seu dinheiro numa conta corrente casada com poupança e tem, no máximo, ao final do mês, 0,4 ou no máximo 0,7% de rendimento. No entanto, este mesmo dinheiro que você deixa lá à disposição do banqueiro, ele empresta a outro cidadão a 13% AO MÊS no cheque especial. Quer dizer, o lucro é de mais de 1.200% (hum mil e duzentos por cento). Não bastasse isso (emprestar o seu dinheiro com 1.200% de lucro, o que deixa os agiotas com cara de Madre Tereza), o Banco Central libera a cobrança de centenas de taxas dos correntistas de bancos. Tudo que você faz com sua conta é cobrado. Na verdade, o banco deveria TE PAGAR para ter seu dinheiro lá para emprestar a algum "argolado", mas, não, o BC deixa os banqueiros ganharem e "reganharem". Do que, então, reclamariam os banqueiros?
Já os empreiteiros e outros grandes empresários, fazem tudo com dinheiro oficial (através do BNDES e outros organismos estatais de crédito), com juros ridiculamente baixos. Nunca pagam impostos, pois têm departamentos de Contabilidade (ou seria QUANTA HABILIDADE?), que buscam frestas na legislação que lhes permite sonegar sem medo de errar. E têm, também, departamentos de Direito que acabam tirando dinheiro do governo em vez de pagar.
De quê os empresários reclamariam nas ruas, então?

OS BOLSA FAMÍLIA

Falamos da galera do alto da pirâmide, que não tem nada a reclamar. Agora, vejamos a base da pirâmide.
Ao contrário do que querem os jornalistas-ativistas, as classes populares nunca foram tão ATIVAS como atualmente. Se um ônibus não está bem, aqui ou no Rio, o povo vai lá, queima o ônibus e exige um ônibus novo e consegue. Se a energia elétrica fica cara, o povo queima meia-dúzia de pneus, trava o trânsito e consegue que os "gatos" não sejam fiscalizados e o governo federal ainda dá um desconto monstruoso nas contas de energia, que ficam quase de graça. A água é subsidiada por uma tarifa "social". Se a escola do menino começa a ficar esculhambada, os pais quebram tudo, nas favelas de São Paulo ou do Recife, e o governo corre atrás para consertar. Se as ruas ficam esburacadas (como recentemente, aqui, em Salvador, em Águas Claras), o povo bota fogo em pneus, tranca a rua e o governo corre atrás de asfaltar as vias.
Quer dizer, as classes populares, no Brasil, estão ATUANTES e VITORIOSAS. Além de ganhar dinheiro "DE GRÁTIS" através de programas ditos de "transferência de renda".
As classes populares, portanto, não são formadas de carneiros. Pelo contrário, são verdadeiros leões.

A CLASSE MÉDIA É QUE É OTÁRIA

Na verdade, a única classe brasileira que não está levando nada pra casa, paga tudo e fica calada, é a classe média. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), são 95 milhões de pessoas. Claro que este cálculo inclui a "nova classe média" vinda das eras FHC e Lula, gente que ganha entre R$1,5 e R$2,5 mil por mês.
Esta galera paga 40% de impostos em tudo que ganha. É a única classe que não tem favorecimento algum. Pelo contrário. Os governos federal, estaduais e municipais cobram SOBRETAXAS sobre imóveis, automóveis, gasolina, IPVA, energia, água etc. quando são consumidos pela classe média.
Dou dois exemplos: um automóvel de classe média, um 2.0, tem mais de 50% de seu preço aumentado por impostos. Já uma motocicleta para as classes populares tem renúncia fiscal do governo para que fique mais barata.
A conta de energia elétrica das classes populares tem desconto que a reduz a míseros 17 reais ao mês. Já a conta de energia da classe média, tem uma sobretaxa para CUSTEAR o desconto dado às classes populares.
Isso sem falar no IPTU nas metrópoles, por exemplo, que NÃO É COBRADO nos bairros populares, mesmo que o sujeito tenha uma casa de quatro andares, como se vê nas favelas, mas é COBRADO COM FÚRIA nos bairros de classe média, tendo aumentos sobre aumentos, todos os anos, mesmo que seja um apartamento de um quarto só...
Quer dizer, as classes médias no Brasil são as únicas que deveriam estar revoltadas, pois além dos impostos indiretos embutidos no palito de fósforo, na cerveja, na roupa e no automóvel, tem o Leão da Receita no seu encalço todo o mês, COBRANDO NA FONTE, no salário mensal, que já vem descontado.
É uma classe social que sustenta o Estado Brasileiro e NÃO RECEBE NADA em troca, pois não usa os serviços de saúde, educação, transporte ou qualquer outro oferecido pelo Estado. E é uma classe que NÃO TEM representação política alguma, pois os senadores e deputados, apesar de só estarem representando a si mesmos, PUBLICAMENTE SÓ FALAM EM ESTAR REPRESENTANDO AS CLASSES POPULARES, o discurso do "dando mais a quem precisa mais".

RESUMO DA ÓPERA

Nem os ricos nem os pobres no Brasil estão parados, nem são carneiros indo para o abate. Pelo contrário, usufruem de tudo que o Estado Brasileiro pode dar e conseguem tudo como leões, seja com "lobbies" (os primeiros) ou com revoltas (os segundos): quem está parado e pagando a conta é a classe média. Só ela.

sábado, 20 de agosto de 2011

Viajar é ser humilde. No bom sentido...

Parado em frente ao Monte Ibituruna atrás de uma estradinha pra chegar lá em cima. Conversa de uma hora com um local e muitas dicas... e a conclusão que é um esparro ir de carro (a não ser um 4x4...)


tonY paCheco

* compartilho com os internautas libertários o que escrevi para minha amiga turismóloga Eliane Curvello.

Eliane, quero dar o meu testemunho de como o que Você diz é verdadeiro (sobre que viajar é rasgar-se por dentro...): todos os anos, há 25 anos, me permito pegar um carro e sair pelas estradas brasileiras. Em média, rodo 4 mil quilômetros por viagem, o equivalente a atravessar toda a Europa. E é verdade: viajar é um exercício de humildade incrível. Você é obrigado, por instinto de sobrevivência, a deixar a sua arrogância de lado. Você está em território inexplorado. A cada vez que viajo pelas estradas sinto que preciso ser mais gentil, mais cordial, mais amigo, mais interessado, para poder conseguir um mínimo: um copo de iogurte gelado e um copo de leite quente sem açúcar de manhã. A todo momento, como Você diz, eu preciso ser humilde e gentil ao perguntar o caminho para onde quero ir e também para garimpar caminhos de lugares para onde não queria ir, mas que meu interlocutor, que eu nunca tinha visto antes, SABE que é fantástico, novo, maravilhoso.
Viajar, é, realmente, uma terapia da redução à nossa insignificância neste mundo e nos permite INTERAGIR com o outro de uma posição que nos engrandece como ser humano. Pois até Obama, se chegar numa cidade do interior do Ceará, não conseguirá um pedaço de aipim cozido pra comer de manhã se não tiver a humildade de tratar o outro como um ser útil e necessário.
Parabéns, Eliane, por suas idéias maravilhosas!

sábado, 13 de agosto de 2011

O Colosso do Norte Martirizado

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Será que ainda tem algum brasileiro que fica com pena dos EUA quando vê a imagem do presidente Barack Obama martirizado com a dor de flechas que sangram seu corpo, como se encontra na capa da Revista Veja dessa semana que passou ?

Quando vi aquela capa hoje em um mercado aqui perto de casa, lembrei imediatamente de um livro chamado "501, A Conquista Continua" de Noam Chomsky. 

A leitura do livro nos leva a acreditar que a elite americana não perderá a chance de manter seu status quo. E fará o que for necessário para isto. Seja pela manipulação cultural, ou simplesmente pela força das armas. Vejamos o que nos expõe Chomsky.

“Quando levados em consideração os recursos daquele vasto país, fica evidente que dentro de poucos anos o Brasil se tornará uma das maiores potências do mundo", escreveram os editores do Washington Post em 1929, de acordo com o livro citado. Seguindo a mesma fórmula da "Boa Vizinhança", o Brasil em 1926 foi chamado de "Colosso do Sul" pelo New York Herald Tribune, em contrapartida ao já conhecido então "Colosso do Norte", ou seja, os Estados Unidos.

Naquele livro, publicado em 1993, Chomsky, um intelectual não muito agradável aos olhos da elite americana, nos faz começar a compreender um pouco mais as características da tão terrível Doutrina Monroe: "A América para os Americanos". Compreendemos melhor, quando, por exemplo, Chomsky nos revela as palavras de um ex-presidente americano, Sr. Taft, prevendo "que não está longe o dia em que todo o hemisfério será nosso de fato, como, em virtude da nossa superioridade racial, já o é em termos morais".

"No início de 1962 os comandantes brasileiros informaram ao embaixador de Kennedy, Lincoln Gordon, que estavam organizando um golpe. Com a iniciativa pessoal de Kennedy, os EUA começaram a emprestar apoio secreto e aberto aos candidatos da direita nas eleições". Seja anteriormente ao golpe de 64 ou depois, os EUA sempre estiveram por detrás dos fatos mais dantescos acontecidos no Brasil. A sua política de "Boa Vizinhança" era, na realidade, uma política de utilização da América Latina como mercado para as exportações americanas, beneficiando as suas grandes empresas privadas. Mesmo quando, em um ato de "amizade", os EUA financiaram um projeto siderúrgico brasileiro (provavelmente ao tocar neste assunto Chomsky se referia a CSN, no governo de Getúlio), estava por detrás das boas intenções apenas exportar tecnologia simples, além do que "os países que devido a esta fábrica vão perder a maior parte dos negócios com o Brasil são a Inglaterra e a Alemanha".

A ação americana não se deu e nem se dá apenas no Brasil, é óbvio. Sua doutrina de aproximação e de "comércio livre mercantilista" investe em toda a América Latina e no mundo. "O petróleo da Venezuela sob a ditadura de Gómez, as minas da Bolívia, do Chile e dos demais países e as riquezas de Cuba, eram alguns dos alvos preferidos". No livro, Chomsky vai mais além e se refere também a massacres nas Filipinas, Oriente Médio, para não esquecermos o mais conhecido, no Vietnã.

Porém, o caso do Haiti talvez seja o mais estúpido (se é que podemos comparar estupidez). Em 1808 os haitianos conseguiram expulsar os franceses e começaram a viver num regime independente. De acordo com o antropólogo Ira Lowenthal, "o Haiti foi a segunda república mais velha do Novo Mundo, mais do que até mesmo a primeira república negra do mundo moderno. O Haiti foi a primeira nação livre de homens livres que surgiu dentro da constelação emergente do império europeu ocidental - e como resistência a ela". A invasão do Haiti em 1915, pelos EUA, seria conseqüência da visão de "Maçã Podre", a qual poderia criar condições de "apodrecer" os vizinhos, e de acordo com Chomsky, foi mais selvagem e destrutiva do que a invasão da República Dominicana.

"Os soldados de Wilson (presidente dos EUA em 1915) mataram, destruíram, virtualmente reinstituíram a escravidão e demoliram o sistema constitucional... O major Smedley Butler lembrou que os seus soldados caçavam os cacos (como eram chamados os rebeldes que resistiram a invasão) como se fossem porcos". Por isto, F.D. Roosevelt mandou que o agraciassem com a Medalha do Congresso.

Nos anos 90 invadiu Granada e Panamá. E com a aceitação por parte da ONU e OTAN, invadiu o Iraque, duas vezes, e a Somália, tomando o posto de "dono do mundo" após a queda do Império Totalitário Soviético. Mas a história não acaba aí. A elite que governa os EUA tem agora um negro como chefe condutor na Casa Branca, e continua tentando submeter o mundo em seu redor.

Mais próximos a nós, no Brasil, podemos imaginar o quanto aquela elite deve investir para nos transformar em meros mantenedores de matéria prima. Deve querer maior liberdade para explorar os já oprimidos trabalhadores, deve ter adorado o fim dos monopólios estatais do petróleo e das telecomunicações. E, agora com a nova crise, deve estar sedenta para continuar sugando as riquezas do subsolo (como fizeram com o Manganês do Amapá), se possível de graça. Tudo isso com o auxílio da elite tupiniquim, agora, mais do que nunca, fortalecida, com a social-democracia do PT e PSDB subordinada a ela (ou se tornando também elite).

Por fim, novamente aproveitando as informações de Chomsky, temos de compreender que também o trabalhador americano é explorado. E da década de 80 para cá, a elite no poder se volta com mais força para dentro de seu próprio país, para poder incrementar a opressão. "Um relatório do Congresso divulgou estimativas de que a fome cresceu 50% desde meados da década de 80, atingindo algo em torno de 30 milhões de pessoas. Outros estudos mostram que uma em cada doze crianças menores de 12 anos sofre de fome...".

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Que segurança é essa que queremos ?

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Outro dia perambulando pelo Facebook vi um pequeno manifesto, que partia de um dos meus “amigos”. Ali, ele dizia:
QUEREMOS CONTINUAR MORANDO EM SALVADOR !... Governador J. Wagner, Prefeito João Henrique – QUEREMOS SEGURANÇA!----Até domingo dia 07/08, sempre que ler esta frase no mural de alguém clique em “CURTIR” assim a manifestação crescerá rápido e durará mais tempo. Vamos mostrar para nossos governantes o impacto que podemos causar com um gesto simples.
Logo de cara não engoli o manifesto e tive que respondê-lo sob o risco de ter um enfarte de tanta ansiedade que fiquei. Sem a calma necessária a uma resposta racional fiz a seguinte afirmação:
Esse negócio de "Queremos Segurança" me parece meio classe média... pior que tenho "medo" também do Estado aceitar a sugestão e meter câmeras de vigilância prá todo lado e policiais civilizados com seus cães amestrados, ou vice-versa, prá nosso lado... Por mim a frase correta seria, como há uns 213 anos atrás, nas ruas de Salvador: "Animai-vos Povo Bahiense que está por chegar o tempo feliz da nossa liberdade: o tempo em que todos seremos iguais".
Não sei se meu “amigo” percebeu, mas eu citava a frase de um dos manifestos que correram a cidade de Salvador, aqui na Bahia, durante a Revolta dos Alfaiates. Naquela conjuração, acontecida em 1798, muitos baianos se uniram contra o que consideravam um governo autoritário e corrupto, e lançavam às ruas os mesmos ideais que os franceses haviam lançado nove anos antes: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Conversando com outras pessoas, no mundo real (ou melhor dizendo, não virtual), alguns me consideraram exigente demais. Para essas pessoas estaríamos mesmo precisando impor limites à violência urbana. E a curto prazo, com mais policiais nas ruas, câmeras e muitas penitenciárias para prender quem fosse necessário.

Não quero crer que tais pessoas estariam relegando os lemas da Revolução Francesa, e privilegiando a visão de um mundo fascista, tal qual aquele que podemos ver em distopias como 1984, de George Orwell, ou Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. Ou mesmo relembrar, com os anos totalitários vividos por russos ou alemães.

Não. Com certeza essas pessoas não devem querer viver como zumbis, sem qualquer perspectiva de liberdade. Sem que possam pensar em qualquer coisa que vá de encontro a um Estado Policial que vigie até as nossas mentes. Não creio nisso.

Elas devem querer somente mais segurança mesmo. Apenas mais um pouco de segurança. E, mais dia, menos dia, estarão nas ruas clamando por mais liberdade. Ou nas redes sociais, refutando quaisquer manifestos que pareçam indicar um futuro fascista e totalitário para a humanidade.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Vamos ajudar André Setaro, NA PRÁTICA?

TonY pacheco

Esqueça os juizos de valor! Quando alguém que amamos ou admiramos ou mesmo que nem conheçamos está em dificuldades, só temos dois caminhos a seguir: AJUDAR ou NÃO AJUDAR.
Não ajudar e ainda ficar analisando a vida da pessoa que está em dificuldades é CANALHICE. Ou ajuda ou cale-se para sempre... A conduta de procurar defeitos nas vítimas é típica do brasileiro: se a mulher é espancada, o canalha diz: "IMAGINE O QUE ELA NÃO DISSE OU FEZ COM O MARIDO ANTES DE APANHAR!" Se o homossexual é assassinado, o canalha diz: "VIADO É ASSIM MESMO, QUANDO QUER FUDER NÃO ESCOLHE E LEVA MARGINAL PRA CAMA". Se é um negro que é humilhado, o canalha não titubeia: "PRETO É BURRO MESMO, NASCEU PRA SE FUDER". Se é um idoso que é assaltado, o canalha brasileiro típico: "É ISSO QUE DÁ! NÃO LEVA O NETO PRA SACAR O DINHEIRO JUNTO, ACABA PERDENDO". O canalha brasileiro típico é sempre A FAVOR DO OPRESSOR e sempre PROCURA DEFEITOS NA VÍTIMA.
Por isso, permito-me pedir a todos que são DO BEM e que conhecem ANDRÉ SETARO, que depositem na conta dele qualquer quantia a partir de 10 reais (ou quantos outros reais a pessoa puder), para tirá-lo deste momento de sufoco, sem nenhuma análise da vida do nosso competentíssimo crítico cinematográfico e professor (ele foi meu professor na UFBA) saudoso da Faculdade de Comunicação.
A conta de ANDRÉ SETARO é de poupança no Banco do Brasil, agência 3457-6, conta 648427-1, variante 1 - poupança.

Vamos lá, galera?


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

André Setaro

André Setaro

Ricardo Líper
André Setaro é um dos maiores críticos de cinema que existe nesse país. Eu só leio e escuto dois: André Setaro e Rubens Ewald Filho. Outros que comentam filmes nem leio nem sei o nome. André Setaro não posso ouvir nas rádios nem ver nos canais de TV porque as rádios daqui não perceberam ainda que ele é um dos maiores críticos de cinema do país e não o contrataram. Na Salvador, terra de muita  dor,  os profissionais que administram jornais e rádios querem colaborações gratuitas como nas cidades do interior em 1930. O resultado dessa falta de profissionalismo é que Salvador tornou-se uma cidade com quase nenhum jornal e, menos ainda, se tratando de rádios. André Setaro gosta de cinema. É diferente daquele intelectualoide que não gosta de cinema e o usa para extravasar ideologias, problemas mentais e chatear os outros quando  se mete a ser crítico de cinema e, o pior, faz um filme. André Setaro tem um senso de humor como poucos e uma vida dedicada a assistir filmes, estudá-los e comentá-los. Suas opiniões sempre as achei corretíssimas. Publicou um obra fundamental na bibliografia sobre cinema: Escritos sobre cinema - Trilogia de um Tempo Crítico. Maior prova de notório saber seria impossível. Que azar  meu caro André que pessoas como você tenham nascido nesse país atrasado, mesquinho, burocratizado, injusto ao extremo que sufoca todos na sua mediocridade. Sua obra fala por si e o seu notório saber  está acima do copiar e colar que assola o burocratismo burocraticamente correto. Confirme minhas palavras lendo o  blog de André Setaro, principalmente, antes de ir ao cinema ou alugar um DVD: http://setarosblog.blogspot.com/

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Segredo de 190 milhões de pessoas e outras reflexões de férias

tonY pacHeco

Delirando em plenas férias do trabalho, vejo um anúncio da Ford nas TVs aberta e fechada. Os publicitários geniais da Ford colocam marido e mulher falando sobre as delícias de terem comprado um EcoSport e enquanto o marido fala sobre as excelências do carro, a mulher (o publicitário deve ser misógino ao extremo) vem com essa: "Eu adorei o compartimento secreto debaixo do banco do carona..."
Eu que já tive Eco fiquei muito puto e milhares de proprietários devem ter ficado mais putos ainda. O compartimento secreto agora é um segredo de Polichinelo, pois os 190 milhões de brasileiros já sabem a localização do mesmo.
Aposto que na próxima blitz, os policiais começarão a vistoria dos carros pelo compartimento NADA SECRETO. Aquela maconhazinha, a arma não registrada, as camisinhas, a garrafa de whisky etc. etc. etc., agora terão que achar outro cantinho no carro.
Ah, publicitários geniais...

MÚSICA DIGESTIVA

Como estou no Sul, aqui tem rádios que tocam música pop e notei (não é uma observação tão original, não pretendo que seja) que as músicas tornaram-se totalmente DIGESTIVAS.
Como um doce. Você vê na bomboniére e acha lindo. Depois coloca na boca, acha uma delícia. E como doce não tem absolutamente nada de nutritivo, seu intestino joga fora rapidamente pela via normal...
Música pop hoje é tão primária na harmonia e na letra que a gente ouve durante algumas semanas, acha linda no primeiro momento e ela logo é substituída por outra.
Não estou falando com saudade das músicas dantanho, só estou constatando e não pretendo fazer nada contra kkkkkkkkkkkkkkkkkk

AS ESTRADAS BRASILEIRAS

Desde 1986 ando por este Brasilzão pelas estradas federais e há 25 anos vejo que a Rio-Bahia, no trecho de Minas Gerais, por exemplo, está EM OBRAS. Em obras há 25 anos, sem acostamento e as obras NUNCA FICAM PRONTAS.
Eita governozinhos de merda estes que a gente eleição após eleição a gente coloca no poder.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Roubar ou não Roubar eis a questão


Ricardo Líper
Uma ocasião um protestante disse que eu era crente. Ele falou isso porque não uso drogas, não fumo, bebo muito pouco, não roubo e procuro respeitar aqueles que me respeitam. Bem, o que o protestante pensou está errado e lhe respondi que Malatesta, o militante anarquista italiano, também não fazia nada disso  e não era crente. A questão é simples. Essas coisas me parecem fundamentais para mim e uma escolha pessoal. A ética é pessoal. Eu não me sinto bem fazendo nenhuma dessas coisas. Daí não faço. Não é porque Malatesta e guerreiros  como os samurais, que admiro, não faziam as coisas que não faço é porque não gostaria de fazê-lo. Ninguém me disse ou me impôs uma moral. Nenhum guru ou filósofo ou religioso me disse o que fazer. Eu as  escolhi na vida. Achei que tinha mais vantagens com elas. Não a imponho também. Em relações aos outros, cada um faça o que quiser e sofra as consequências. Eu assumo apenas o que faço e não carrego as consequências do gozo ou crimes alheio. Essa é minha moral. Eu me sinto bem assim, me admiro e gosto de mim que me dar um prazer semelhante ao orgasmo. E não quero cagar regras para ninguém. Claro que, como todo mundo, prefiro pessoas como eu, mas convivo com todas em graus mínimos de aproximação  dos sádicos, alucinados, predadores, infernais, como bem disse Sartre. Mas Sartre errou. Nem todos os outros são infernais. Existem pessoas angelicais. São poucas, daí Sartre, e cabe a nós, se formos sábios, as procurá-las e nos afastarmos das infernais.