Filmes Comentários

sábado, 31 de março de 2012

"O preço da liberdade é a eterna vigilância"

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Há 48 atrás, quando ainda não existia internet, e quando os militares entenderam que deviam proteger o país das garras dos comunistas, a frase "O preço da liberdade é a eterna vigilância" estava em alta.

Obviamente os golpistas de 1964 se referiam à necessidade de se manter aqueles seres humanos, que teimavam em dizer que as coisas não iam bem, longe da população em geral, para que ela não fosse subvertida e contaminada por eles.

Não havia câmeras de vigilância em cada esquina, mas a mim mesmo, que vivi aqueles anos, parecia que havia um monitoramento sem interrupções. Temía-se que as cartas de correio pudessem ser abertas e lidas. Que o professor da classe não fosse apenas um simples mestre, mas um possível delator das ideias ali lançadas pelos alunos, temia-se escrever alguma coisa que incomodasse o Rei.

Colegas e amigos meus não se sentiam livres em comprar um simples jornal nanico (daqueles que malhavam a ditadura). O medo era que descobrissem o gosto pela liberdade de se expressar, e não gostassem, e reprimissem, sabe-se lá como.

Hoje aparentemente estamos em outros tempos. Somos "livres"... mas, se somos livres,  por que temos de ser monitorados e vigiados a todo momento ? Viram a quantidade de Câmeras de Vigilância (as CCTV) instaladas nas ruas e avenidas este carnaval ? Olha a notícia encontrada nos jornais cariocas hoje:
A prefeitura do Rio testou neste Carnaval um esquema de vigilância com quase 500 câmeras. Equipamentos fixos e móveis em vários pontos da cidade monitoraram a festa. O modelo será aplicado na Copa do Mundo e na Olimpíada de 2016. Todas as imagens captadas pelas câmeras são exibidas num telão de alta definição que fica no centro de operações da prefeitura. Até agora mais de 600 pessoas foram parar na delegacia por causa disso. Mas quando é impossível a passagem do veículo, entra em ação a mochila vigilante. A tecnologia é a mesma.
Antes, os militares. Hoje, os tecnocratas no poder alardeiam a mesma antiga frase sobre a massa. Antes, em nome de uma segurança nacional. Agora, para garantir a segurança individual.

Quem garante que as aparências não estão nos enganando mais uma vez... não estarão novas aparências sendo produzidas e reproduzidas pelo jornalismo oficial, pelas grandes redes de espetáculo ?

Será que saberemos algum dia ?

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Transcrevo este texto, do blog A Era do Panóptico, postado há um ano atrás. Em nome da lembrança daqueles que "sumiram" porque não admitiam a perda da pouca liberdade que tinham.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Greve, não: ANARCHIA

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Carlos Baqueiro

Apareceu hoje um comentário no post publicado no Domingo passado (O Povo Soberano) questionando a existência de anarquistas na Bahia já na década de 20 do Século passado. Na realidade pelo que pesquisei não dá prá afirmar que fossem anarquistas. Agripino Nazareth, por exemplo, que editou o jornal Germinal, tem ações também em São Paulo, junto justamente com os anarco-sindicalistas (felizmente, ainda não inventaram anarcometro). Mas uma coisa é certa. As ideias anarquistas estavam por aqui pela Bahia durante esses anos. Pois em outras fontes se "escuta" falar sobre questões como a negação dos partidos, a crítica à autoridade da Igreja, questões feministas e sexistas, que sempre permearam os ideias acratas em todos os lugares e tempos.

Transcrevo a seguir parte de artigo que criei durante curso de história, abordando justamente a Greve Geral de 1919, em Salvador. Espero que a leitura do texto seja agradável e útil a todos.

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A greve geral tem seu início no dia 3 de junho, iniciando-se com uma parada dos trabalhadores da obra de construção da Biblioteca Pública. Dali saindo em passeata conseguiram a adesão de outros trabalhadores levando o DN a apoiar o movimento: "E que seja o seu movimento coroado de êxito, é o que ardentemente desejamos, nós que sempre estivemos do lado do operariado digno". Centralizando suas ações e planos no Sindicato dos Pedreiros e Carpinteiros, os grevistas, pedreiros, carpinteiros, padeiros, empregados da linha Circular de bondes e operários das fábricas de tecidos, montaram comissões para se entender com empresários e governo.

No dia 4, com a greve mais organizada e forte resolveram criar, sob a liderança de Agripino Nazareth, o "Comitê Central de Greve" sob o mesmo formato daqueles criados nas greves de São Paulo em 1917. Sob a bandeira das 8 horas de jornada de trabalho o "Comitê", segundo o jornal baiano Diário de Notícias, seria encarregado da direção da greve, formado pelo representante dos padeiros, Constâncio Pereira Victório, dos pintores, Odilon Neves da Costa, dos operários da fábrica da Boa Viagem (Empório Industrial do Norte, fundada por Luis Tarquínio no final do século passado), Eleutério Bispo Ferreira, do Sindicato dos Pedreiros, Guilherme Francisco Nery, Antonio Amaro Sant'Ana, Abílio José dos Santos, dentre outros.

É importante notar aqui, abrindo-se um parêntesis, após termos conhecimento, também, dos nomes dos participantes das Comissões de entendimento, e dos feridos do movimento de agosto de 1917, a quase, ou completa ausência de nomes que indiquem a existência de imigrantes estrangeiros. Isto desmistifica a idéia da "flor exótica", que segundo a imprensa das oligarquias e burguesia paulista e carioca, colocaria o imigrante como o corruptor do "bom e pacífico" proletariado brasileiro, levando-o a caminho da greve.

Mas o DN não levaria seu apoio aos grevistas até o final do movimento. A força que a greve parece ter tomado criou um certo mal estar para os políticos ligados ao DN e A TARDE.
A política, porém, a política adversa a situação, ainda curtindo as dores com o insucesso da candidatura Ruy Barbosa, que attribuia aos responsáveis pela governação da Bahia, tentou tirar partido dos acontecimentos, procurando indispor os operários e o commercio com o governo do Estado. (ARAGÃO, Antonio Ferrão Moniz de. A Bahia e seus Governadores na República. Imprensa Oficial. Bahia. 1923. pag 656).
O DN após dias sem ser publicado devido às dificuldades decorrentes da greve como falta de luz, telefone, bondes, etc., muda o discurso no dia 10 (veja imagem do jornal no início da postagem):

"Greve não, Anarchia ! ".

terça-feira, 27 de março de 2012

A mãe

Ricardo Líper

Novo conto para os desocupados, descrentes talvez da humanidade,  sem ilusões a respeito de utopias, querendo talvez rir, mesmo de forma amarga e talvez até com maldade, sobre o que Balzac chamou de, com muita propriedade,  a comédia humana. Peraí, não estou, nem de longe, me comparando a Balzac. Sou apenas um desocupado que quando não tem muita coisa mais séria para se dedicar, gosta de ironizar essa vida cheia de surpresas contando histórias nem sempre educativas e muito menos de acordo com a moral e os bons costumes. .

segunda-feira, 26 de março de 2012

domingo, 25 de março de 2012

O Povo Soberano

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Por Everardo Dias (1883-1966)

Se os nomes se gastassem com o uso, de há muito que o povo não mais possuiria o seu.

Não há político sem mérito que não abuse dele; não há jornalista burguês que não o traga e não o leve, aproveitando-o para os mais opostos fins; não há clube secreto, nem assembleia pública, nem púlpito de igreja onde não se fale do povo, onde não se alardeie que se trabalha pelo seu melhoramento e pela sua emancipação. O que eles nunca dizem é que o povo é um conjunto de degraus para a consecução das suas secretas ambições, que é a escada pela qual se trepa ao poder, que é a máscara com que se ocultam as traições, que é o editor responsável de tudo quanto é ruim e detestável...

Disse Guerra Junqueiro:

“O povo é rei. É rei como Jesus, Para beber o fel, para morrer na Cruz!”

Uns o amordaçam, outros o enganam; todos o exploram.

À sua sombra canta-se a lealdade e medita-se na traição... Com seu involuntário concurso executam-se as maiores indignidades. Dentre a sua compacta massa saem, periodicamente, um guerreiro, um poeta, um orador, um político. Mas o guerreiro o espaldeira, o legislador o escraviza, o poeta o abandona para arrastar o seu gênio perante o poder, o orador o acusa, o político o vende.

Eterna vítima de uns e outros, espera há tempos, tanto destes como daqueles, o cumprimento das suas falazes promessas.

Se a civilização não tivesse despedaçado os grilhões da escravidão, ainda permaneceria escravo.

Os seus salvadores, os seus apologistas, os seus defensores o empregaram como instrumento necessário de ódio e depois o abandonaram. É que o povo permaneceu ainda na sua infância com todo o entusiasmo e com toda a inexperiência, próprias da primeira idade.

À força de ser crédulo, é idólatra e constantemente o vemos prostrar-se perante o senhor, tremer perante o monarca, julgando-o uma entidade sobre-humana e adorar mais tarde aquele que lhe trouxe a morte sob as dobras da bandeira augusta da Liberdade...

Mas, como a idolatria é cega durante certo tempo somente, o povo começa a abrir os olhos e contempla a etrusca feiura dos seus ídolos de hoje e prepara-se para os derribar do pedestal onde noutros tempos contritamente os colocara.

Já começa a conhecer os seus verdadeiros interesses, a distinguir os que realmente são seus amigos, e benfeitores e a apreciar com justiça o valor que têm os seus falsos apóstolos; e assim que a idolatria seja sobrepujada pelo desprezo, o povo terá vida e representação próprias e não será instrumento de bastardas ambições, nem pedestal para onde trepem os farsolas que querem aparecer mais altos do que realmente são.

Texto transcrito do Jornal Germinal, Bahia, 1º de Maio de 1920.

sábado, 24 de março de 2012

O mito da boa aparência

O mito da boa aparência é tão forte no brasileiro que este rapaz bonito foi eleito presidente e seu primeiro ato foi tirar a poupança de milhões que acharam ele bonito e por isso votaram nele.

Alex Ferraz

O caso da chamada gangue das loiras chamou a atenção da parte (ainda) pensante da população para a forma altamente preconceituosa com que órgãos de segurança e seus agentes, incluindo a segurança privada,e a própria mídia enxergam os suspeitos, para não falar nos que atendem em balcões de lojas e bancos. Gente de “boa aparência” (leia-se; branca, “bem vestida” e bem falante) é considerada a priori como honesta, enquanto os que se vestem mais à vontade, são negros ou mulatos (considerada “má aparência”) são vistos a priori sob o olhar da suspeita.
Foi assim com a tal gangue das loiras, com mulheres que debocharam de vendedores de balcão usando cartões de crédito roubados e surrupiando quase tudo das vítimas que caíam no esparro da boa aparência.
Observem na TV. De Datena aos nossos apresentadores locais, é muito comum ouvirmos a expressão “mas uma mulher bonita, charmosa, como é que pode ser bandida?” Ora, senhores, e por acaso bandidagem tem cor ou outras características pessoal ou de vestir? Quantos são os engravatados que nos roubam diariamente no processo de deslavada corrupção neste País? Dá para comparar o que surrupiam com o que leva o ladrão de galinhas maltrapilho?
De mais a mais, não interessa mesmo a aparência de quem lesa o próximo ou mata: seja ele negro, branco, maltrapilho,”bem vestido”, todos merecem a punição de rigorosa da lei. Mas não é assim que funciona, infelizmente, pelo menos no quesito da suspeição.
Ah, só para completar: experimentem tentar entrar numa agência bancária vestindo bermudas, usando camiseta e óculos escuros.
Imediatamente o “detector de metais” (grossa mentira, pois não há detector nenhum, e sim um sujeito que olha para o cliente e decide se permite a entrada ou não) trava a porta. Volte em casa, vista uma camisa social (se puser paletó e gravata, então, a coisa fica maravilha), uma calça sofisticada e tente de novo. Entrará sem qualquer empecilho, mesmo que carregue sob a roupa uma metralhadora.
É isso aí: enquanto a idiotice do preconcetio reinar, a “boa aparência”
poderá fazer muito, muito mais vítimas na violência.

Parabéns
à Federal (I)
Congratulações à Polícia Federal pela investigação e prisão dos imbecis de Curitiba que pregavam ódio às mulheres, gays, negros, judeus e articulavam um atentado nazista em Brasília, a uma universidade.
Essa gente tem que mofar na cadeia. Não dá para ser democrático nem tolerante com doentes intolerantes. Nesse ponto, estou ficando cada vez mais radical. Vamos enterrar Hitler de vez!

Parabéns
à Federal (II)
E por falar em parabéns à Polícia, destas modestas plagas tropicais quero registrar meu sentimento de gratidão e júbilo diante da ação da polícia francesa, que encuarralou o terrorista que matava judeus e negros.
Uma ação pefeita e que resultou, felizmente, na morte do indivíduo. Um a menos.

* publicado na Tribuna da Bahia de hoje, 24.03.2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

A bobajada da salvação da água


Leonardo DiCaprio parou de tomar banho para "salvar" a água do planeta. Pobre da moça que transa com ele...

toNY paCHeco

A namorada de Leonardo DiCaprio disse que ele só está tomando um banho por semana (e olhe lá...) em protesto contra o desperdício de água no mundo. Imagine o que não sofre esta mulher com o mau-cheiro das partes pudendas deste moço. Como diria Gil, “êta branco sujão!”.
Superficial e tolo como é, DiCaprio não foi avisado que não é o consumo das famílias em suas casas que ameaça a água do planeta.
Temos somente 3% de água doce no total de água do planeta.
Destes 3%, só 0,3% estão disponíveis na superfície: nos rios e lagos.
De toda a água doce usada no planeta, somente 6% são usados por nós, as famílias, pois 73% são usados na agropecuária e 21% para fins industriais. Isto é, de cada 100 litros de água doce usados no mundo, somente 6 litros são destinados aos seres humanos diretamente.
Quer dizer, não adianta esta bobajada de ficar tomando banhozinho só uma vez na semana para “economizar água para o mundo”, pois é a sede do sistema capitalista por água que está criando o colapso dos aquíferos em todo o planeta.
A agropecuária querendo vender mais e mais alimentos para um planeta que perdeu o controle da população que está crescendo 1 bilhão a cada 12 anos. Somos gente demais e estamos comendo o que não precisamos aqui no Ocidente, no Oriente rico (China, Taiwan, Japão e Coreia) e na Oceania. E a indústria usando bilhões de litros para fazer bugigangas que ninguém precisa.
O resto é conversa pra boi dormir.
E enquanto não vou dormir, vou tomar um delicioso banho de hidromassagem, pois só paro de fazer isso quando a indústria parar de fazer porcarias que só duram alguns meses e lançar produtos com 20 ou mais anos de utilização.

terça-feira, 20 de março de 2012

Bruxa africana manda prender homossexuais

Tony Blair fez cara de tristeza quando a bruxa da Libéria  começou a destilar sua homofobia. Ele não foi avisado da bobajada que esta quadrúpede estava para vomitar.


Kraus Berg


A presidenta de um nada chamado Libéria, na África Ocidental, Ellen Sirleaf, defendeu cadeia para homossexuais em seu país, dizendo que é uma "questão cultural". Quando os europeus chegaram ao país dela e meteram todos os negros num navio e levaram para a América para serem escravizados, os papas da época diziam que "os negros não tinham alma e, portanto, eram animais e, portanto, podiam ser usados como animais de carga". Também era uma questão cultural, não é verdade?
Esta bruxa liberiana tem que ser levada ao Tribunal Penal Internacional de Haia e à Comissão de Direitos Humanos da ONU em Genebra. É tão idiota e autoritária que não entende que está FAZENDO ECO a posições machistas que um dia trataram as mulheres do país dela como vacas ou cabras, simples posses dos maridos. É uma imbecil, INCULTA. Esquece que este discurso é dos muçulmanos, que tratam as mulheres na África como gado, com seus clitóris arrancados ao nascer. Idiota, imbecil, inculta. Chega de MULTICULTURALISMO IDIOTA com estes selvagens incivilizados. Sem paciência para idiotice.

Bullying

Ricardo Líper

Um garoto de 12 anos comete suicídio em Vitória por ser vítima de Bullying. O bulinista, grave a palavra, deve ser combatido sistematicamente. Identificado, chamado de bulinista, espalhado que é bulinista e recusado em todos os ambientes sociais. Ele é fascista e da pior espécie. Se você tem filhos que estão na escola fique atento para não  ter de enterrar seu filho ou parente amado  ou ser processado por ter um filho ou parente amado bulinista por não ter percebido os fatos. Observe se ele fica triste para ir ou voltar da escola, tem amigos ou não. Diga do nada para todos em casa que odeia bulinista, faça pregação para todos da casa incluindo ele. Pode logo deixar claro que não quer dentro de sua casa um câncer como esse e nem que um filho ou parente seu seja uma de  suas vitimas.
Acesse para saber mais sobre o fato aterrador que ocorreu nesse país infeliz:  http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/03/02/estudante-de-12-anos-comete-suicidio-em-vitoria-apos-sofrer-bullying-na-escola.htm

segunda-feira, 19 de março de 2012

sábado, 17 de março de 2012

Estado e Anarquia

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Por Joaquim Gonçalves

O Estado tem sido em todos os tempos o pilar mais forte da propriedade privada. 

Expoente máximo do principio da autoridade, o Estado fundamenta sua razão de ser na defesa dos interesses das oligarquias dominantes e na necessidade de manter os interesses ilegítimos das classes usurpadoras. Por sua vez, a propriedade privada, sendo o mais poderoso sustentáculo do Estado legalista, é ao mesmo tempo a entidade em que este se apoia para a consecução dos seus fins, e, por conseguinte estes dois sistemas completam-se, não podendo um viver sem o auxilio do outro. 

Se amanhã, por virtude dum qualquer movimento revolucionário, o povo tivesse a audácia necessária de proclamar a abolição do Estado, deixando, no entanto subsistir o monstruoso princípio da propriedade privada, não tardaria muito que a sua reconstituição se fizesse, posto que só ele podia fazer valer esse principio, pelas suas leis coercitivas e pela força bruta das suas armas. 

Se, pelo contrario, o povo, fremente de revolta, suprimisse radicalmente a propriedade e consentisse que o Estado continuasse a predominar sobre a grande maioria dos indivíduos, aquela havia de fatalmente ressurgir, como principal elemento da vida desse monstro insaciável. 

Estas duas forças são os mais fortes alicerces da sociedade capitalista, e, a sua existência se encontra perfeitamente delineada nestas sinistras seis palavras: Oprimir e escravizar as massas laboriosas. 

Feita esta singela e despretensiosa exposição, chega-se a conclusão, lógica e inevitável, de que o primeiro passo a dar, após a Revolução Social, consiste em banir radicalmente estas duas fórmulas sociais e instituir, consequentemente, sobre a terra o Comunismo Anárquico, cujas generosas concepções se encontram impregnadas da mais elevada moral e possuem, a nortear a sua marcha, o brilho cintilante que caracteriza os grande ideais. 

A teoria marxista, que propaga a extinção da propriedade privada e admite um Estado proletário para coordenar à vida da coletividade, tem sofrido dos libertários os mais vivos ataques, e tem que ser inevitavelmente repelida por todos aqueles que, amantes da Liberdade, não aceitam outra lei que não seja a sua consciência, nem se vergam a qualquer poder ditatorial por mais proletário e avançado que este se apresente.

O Comunismo é absolutamente antagônico com a propriedade privada. A Anarquia é a completa antítese da autoridade. Esta transforma o indivíduo num verdadeiro autômato, asfixia nele todas as faculdades de iniciativa, e os seus discricionários poderes servem apenas para oprimir e tiranizar os escravizados de todo mundo. Aquela, pelo contrário, procura restituir ao indivíduo toda a sua autonomia, desenvolver lhe as faculdades de raciocínio e assimilação, e o seu próximo advento fará brilhar em toda a imensidade terrestre o rutilo clarão vermelho da Libertação Proletária. 

Entre estas duas força será travada uma luta homérica, sem precedentes, na qual a Anarquia sairá triunfante, fazendo baquear o Império das desigualdades sociais, para substituí-lo por uma causa nobre e justa, prenhe de amor e de justiça.

O Comunismo Libertário tem sido divulgado em todos os tempos por uma falange de puros idealistas, os quais, com o brilhar fulgurante das suas inteligências, o tem sabido impor a consideração de toda a humanidade, conseguindo dele fazer o querido evangelho das massas oprimidas. 

Por todo o Universo, perpassa neste momento a mais forte rajada libertadora que tem assolado o velho mundo, e como um violento furacão arrasta, na sua passagem devastadora, Repúblicas e Monarquias, barretes frígios e testas coroadas.

O velho edifício burguês encontra-se periclitante. Os seus alicerces fragmentam-se pouco a pouco, atingidos em pleno pelas vigorosas machadadas da nossa propaganda redentora. A sociedade capitalista agoniza ao sopro vivificador dos modernos ideais. De toda esta podridão imunda que se estadeia ignobilmente ante os nossos olhos, exalam-se emanações fétidas que corrompem e envenenam o ambiente.

É necessário purificar toda esta montureira abjeta pelo fogo sagrado dos nossos fachos reivindicadores. Que na hora inevitável e grandiosa da derrocada, cada um de nós saiba encarnar o espirito rutilante do Ideal Anarquista, e a emancipação do povo dar-se-á pela ação direta das massas espoliadas, livres da influência daninha e perniciosa dos modernos “comissários do povo”. 

Nesse momento a Humanidade será livre e feliz, porque, finalmente abatidos privilégios e preconceitos, na Terra será instituída uma nova moral, baseada no Bem, na Igualdade e na Liberdade, acabando por se esquecer na imensidade dos tempos a exploração odiosa e humilhante do homem sobre o homem.

Texto transcrito do Jornal O Libertário, Nº02, São Paulo, Janeiro de 1922

quinta-feira, 15 de março de 2012

O inviável mundo de 7 bilhões de pessoas

Este é um mendigo. E não é em Salvador que ele está. Está em Paris. É! Paris.

O barraco não é no Calabetão nem em Saramandaia. É no Japão. É! É no Japão.


Tony PAcheco




 “Se Brasil, China e Índia decidirem copiar o estilo de vida dos desenvolvidos, serão necessários cinco planetas Terra”.
Sha Zukang, secretário-geral da ONU para a Conferência Rio + 20 sobre meio-ambiente

“...saía eu desta Tribuna (na minha primeira fase aqui, ainda repórter), em pleno Carnaval, no mesmo Fusca, após escrever a matéria e louco para voltar para a folia (naquele tempo a gente brincava mesmo o Carnaval). Mas tinha tomado todas e saí de vez do estacionamento do jornal para a Rua Djalma Dutra, o que provocou violenta freada de, imaginem, uma viatura da PM. Fizeram sinal para eu parar. Parei. Um tenente, educadíssimo, veio conversar comigo, notou que estava sem óculos (na carteira havia a observação de que eu era obrigado a usá-los), meio bêbado, e, após perguntar onde eu morava, mandou que eu dirigisse, bem devagar, na frente. Eles me seguiram até minha casa, nos Barris, mandaram que eu subisse as escadas e entregasse as chaves. Quando retornei, o tenente disse:  ”Agora vá brincar seu Carnaval e esqueça o carro até Quarta-Feira de Cinzas”. É ou não é para ter nostalgia?
Alex Ferraz na coluna “Em Tempo” da “Tribuna da Bahia”

Escolhi a frase do diplomata da China Sha Zukang e a história que o jornalista Alex Ferraz contou hoje na “Tribuna” para voltar a um assunto que deveria incomodar toda a Humanidade, mas que, parece, não incomoda muita gente: a superpopulação e a conseqüente INVIABILIDADE da vida humana na Terra.
Ainda me lembro quando em 12 de outubro de 1999, o então secretário-geral da ONU, Kofi Anan, anunciou o nascimento do ser humano 6 bilhões na Bósnia-Herzegovina. Ao lado de alguns colegas na Redação de “A Tarde” chegamos a trocar impressões sobre o absurdo de Anan estar comemorando aquilo.
E no ano passado, o novo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que em 31 de outubro nascera, na Rússia, o ser humano 7 bilhões. Felizmente, desta vez, o secretário das Nações Unidas não comemorou e, sim, falou que "Os recém-nascidos chegam a um mundo contraditório, com muita comida para uns e com a falta de alimentos para um bilhão de pessoas que vão dormir com fome todas as noites. Muitas pessoas gozam de luxuosos estilos de vida e muitos outros vivem na pobreza", disse Ban em entrevista à revista americana “Time”.


Segundo a mesma ONU, atualmente, dois bebês nascem a cada segundo, o que nos levará a 10 bilhões em 2100.
A Índia será o país mais populoso em 2025, quando serão 1 bilhão e 500 milhões de indianos, superando a China, que graças ao controle da natalidade, deverá ter estacionado em 1 bilhão e 400 milhões.
Diante disso, o Fundo de População da ONU (UNFPA) diz que “o mundo enfrentará crescentes obstáculos para criar empregos para as novas gerações, especialmente nos países pobres, e que a mudança climática e a explosão demográfica vão agravar as crises de fome e de seca”.

PULO DO BILHÃO

O mundo demorou 126 anos para pular de 1 bilhão de habitantes, em 1802, para 2 bilhões, em 1928. Em 1974 estava dobrando de novo, chegando a 4 bilhões. Daí para cá, desembestou pela total ausência de controle da natalidade, a não ser na Europa Ocidental e China.
Segundo o Banco Mundial, neste mundo descontrolado de 7 bilhões de pessoas, 1 bilhão e 100 milhões de pessoas vivem com menos de 1 dólar por dia (1 real e 80 centavos) e 2 bilhões e 700 milhões vivem com menos de 2 dólares (3 reais e sessenta centavos). São 3 bilhões e 800 milhões de pessoas muito pobres.
Mais de 800 milhões de pessoas estavam subnutridas em 2010.

E o problema não atinge só os países do III Mundo, como o Brasil, Indonésia, Índia ou Paquistão, em 2010 o Ministério do Trabalho do Japão admitiu oficialmente que mantinha estatísticas secretas sobre desemprego e pobreza naquele país que era considerado um ícone da riqueza mundial. Desde 1998 o governo japonês escondia as estatísticas sobre pobreza e desemprego. Hoje, o Japão admite que são 20 milhões de japoneses na pobreza. Quer dizer, tem mais país manipulador de estatísticas no mundo do que supõe nossa vã filosofia.
E não para aí. O governo Obama admitiu que 46 milhões de americanos vivem na pobreza em 2011. Sim, os EUA, país que tem o maior Produto Interno Bruto do planeta, tem quase 50 milhões de pobres, todos eles sem acesso à saúde, vivendo de mendicância ou sub-emprego.

DESAFIO À INTELIGÊNCIA

E aí eu junto as idéias do secretário chinês Sha Zukang com as do jornalista Alex Ferraz:
num mundo que quer ter o nível de vida da Europa (ANSEIO LEGÍTIMO DE TODO E QUALQUER SER HUMANO, inclusive eu...) e ser gentil e ordeiro como nostalgicamente lembra o jornalista Alex Ferraz, É POSSÍVEL ter 7 bilhões de pessoas felizes e bem-alimentadas?
Zukang foi claro: só se tivéssemos 5 planetas Terra em recursos naturais poderíamos colocar chineses, brasileiros e indianos no patamar de vida digna dos europeus. Ou seja, é impossível a felicidade no planeta.
A Alex Ferraz eu lembro: a Salvador da qual ele tem saudade, a da sua adolescência, tinha 700 mil habitantes. Até esse ponto, uma cidade ainda é administrável e seus habitantes também ainda podem ter um mínimo de civilidade. Salvador hoje tem quase 3 milhões de habitantes, muito mais pobres do que jamais  foram.
E o desafio se estende aos ideólogos de todas as vertentes políticas (do nazismo ao anarquismo, passando pelos marxistas de todas as tendências): COMO realizar uma sociedade de bem-estar social para 7 bilhões de pessoas? O padrão seria o europeu da Suecia ou o africano de Burundi? Existe ciência econômica com fórmula para multiplicar a riqueza do planeta atual por 5, como duvida Zukang, para que tenhamos 7 bilhões de vidas dignas na Terra?
A superpopulação lançou todas as ciências sociais e ideologias políticas no lixo. É uma perda de tempo incrível discutir qualquer tipo de mudança social sem, ANTES, reduzir a população mundial através das políticas de controle da natalidade que paises como Suecia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Bélgica, Alemanha e outros fizeram. Fora disso não há saída.
Nenhum país do planeta Terra com mais de 100 milhões de habitantes deu certo. NENHUM. Japão e EUA têm milhões de miseráveis sem-teto, sem emprego e sem saude. E sobre isso nem vou falar no Brasil, Nigéria, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e México, todos acima de 100 milhões e com a população daquele jeito... Daquele jeito que basta você olhar para os lados para ver que não tem jeito...

"A Puta"

Se você não tiver nada mais para fazer e quiser perder um pouco de tempo vá em Contos e leia mais esse conto desconcertante de um autor que também gosta de gastar o tempo chateando os outros.

terça-feira, 13 de março de 2012

Central faz manifestação contra terceirização-escravidão

Kraus Berg


As grandes centrais sindicais ignoram os empregados terceirizados, pois os governos são grandes terceirizadores e elas estão nas mãos dos governos.
Mas a CTB organiza, agora de manhã, no Iguatemi, uma manifestação contra o trabalho escravo no SAC do Governo de Todos Nós (lá deles). Vejam abaixo a denúncia e chamado da CTB.



"CTB promove manifestação contra trabalho indecente no SAC

Central atende a denúncia de funcionários contra SAEB e empresa
administradora; e convoca ato no SAC Iguatemi

Funcionários terceirizados do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Bahia
 encaminharam uma denúncia, ao Ministério Público, no último dia 9, para que o órgão
 apure as circunstâncias da contratação da empresa Hope Serviços e Construções Ltda.
 Entidades sindicais levantaram dúvidas quanto à licitação promovida pela Secretaria de
 Administração do Estado da Bahia (SAEB), que assinou um contrato de mais de R$ 27
 milhões por ano para que a empresa administre o SAC. A seção Bahia da CTB (Central
 dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) convoca um ato nesta terça (13), às 10h,
 no SAC do Iguatemi.
 De acordo com o ofício de nº 00339757/2012, a Hope fornece ticket alimentação no
 valor de R$ 7 e ainda cobra um percentual de 20% a cada ticket, os digitadores estão
 em desvio de função, trabalhando como recepcionistas para aumentar a carga horária,
 sem incorporar as horas adicionais aos salários. Além disso, os funcionários ressaltam
 que o SAC foi criado como sistema modelo de prestação de serviços integrados à
 população, mas atualmente passa por precarização das relações trabalhistas, como
 corte de salários e expansão da jornada de trabalho.
 Para a CTB, o desvirtuamento da função do SAC faz com que o Estado da Bahia perca
 identidade, ao colocar em cheque a prestação do serviço público. Na avaliação dos
 funcionários, a decisão é arbitrária e contraria a legislação trabalhista e as normas
 regulamentadoras de ergonomia quando impõe a todo o custo uma jornada exaustiva
 de trabalho. Para a categoria, as medidas adotadas acarretarão em mais incidências
 de doenças ocupacionais, afetando na produtividade, capacitação profissional, além do
 bem-estar no serviço público até então prestado pelo SAC.
 “Pelos critérios adotados pelo governo, as alterações propostas arrocham os salários,
 impõem uma jornada de trabalho abusiva e deixam o funcionário sem alternativa. Tudo
 isso, além de mexer com a auto-estima do funcionalismo, contribui para inviabilizar
 o SAC, exatamente no que a população mais precisa, que é a prestação de serviços
 públicos de qualidade, oferecidos ao cidadão por pessoas capacitadas”, alerta Adilson
 Araújo, presidente da CTB Bahia.
 A Hope – A SAEB contratou, por um período de 12 meses, a Hope Serviços e
 Construções Ltda no dia 19 de fevereiro deste ano, de acordo com o Diário Oficial do
 Estado da Bahia, publicado no dia 15 de fevereiro. Entidades sindicais questionam
 a contratação da empresa e argumentam que o posicionamento da Secretaria de
 Administração trará sérios prejuízos ao atendimento, principalmente para a população
 mais carente, que é a grande maioria.
 “O SAC é composto por cerca de 2 mil funcionários em toda a Bahia, no entanto,
 o capital da é de menos de R$ 1 milhão. No histórico da empresa há apenas a
 administração de um condomínio, o que não a qualifica para assumir os SACs da da
 capital e do Interior do Estado. A SAEB deve investigar e tornar público os critérios
 utilizados para essa contratação”, afirma Adilson Araújo.
 Terceirização - Os funcionários do SAC trabalham a mais de 15 anos, sempre
 contratados como digitadores exercendo uma carga horária de 30h semanais. Há
 dois anos foram terceirizados por uma empresa chamada Obraserv na função de
 recepcionistas, o que dá margem a cumprir uma carga horária de 44h semanais. Vale
 ressaltar, que durante a existência do SAC já foram várias empresas que passaram
 pela Administração resultando que diante da sucessão, diversos funcionários não
 gozassem do direito a férias, numa gritante agressão aos direitos trabalhistas.

Serviço:

O que: Manifestação contra trabalho indecente no SAC-Bahia
Quando: 13 de março de 2012
Horário: 10h
Local: SAC Iguatemi (estacionamento do Shopping Iguatemi)
Maiores Informações: Adilson Araujo, pres. da CTB Bahia: 3012-5380/5390/ 9966-
9221

Fonte: Ascom CTB Bahia"

País da Homofobia: Brasil

Um dos rapazes torturados diante de todos  em um terminal de  ônibus de Salvador


Ricardo Líper

Dois jovens são supliciados em terminal de ônibus. O Brasil é um país perigoso e extremamente mais para gays. Depois de anos de pregação católica e protestante, de médicos, psiquiatras e psicólogos, de todo tipo de professorinhas e orientadoras educacionais, de todo tipo de organizações e clubes sociais só poderíamos esperar isso.


Da RedaçãoAtualizada às 22h
Dois jovens gays foram roubados e espancados no último sábado à noite na Estação Pirajá. Os dois, que são namorados, estavam de mãos dadas no momento e acreditam que houve homofobia no ataque - um dos rapazes disse à Rádio Band News FM que foram agredidos por seis homens que gritavam ofensas enquanto os espancavam.
Thyago Souza, 24 anos, também compartilhou a situação no Facebook. "Ontem a noite eu e meu amor passamos por momentos terríveis de medo, pavor e desespero. Fomos perseguidos e espancados na estação Pirajá. Meu amor teve a cabeça aberta por um objeto que eles o acertaram com tamanha brutalidade. Todos estavam com facas", postou a vítima.
Os dois tinham acabado de descer do ônibus quando foram atacados. Uma das vítimas foi imobilizada com murros e teve a pochete roubada e o outro teve a cabeça golpeada com um pedaço de madeira e precisou tomar pontos no local. Thyago acredita que o roubo não foi o principal motivo do ataque porque os bandidos não levaram duas mochilas que estavam com o casal. A estação estava cheia no momento, mas ninguém fez nada para ajudá-los, segundo as vítimas.
O casal tentou prestar queixa na 13ª Delegacia, mas foram informados que por problemas no sistema não poderiam registrar a ocorrência - o que só foi feito hoje, e na 11ª DT. Policiais da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar foram alertados no momento e não perseguiram os bandidos, segundo os dois. De acordo com a assessoria da PM, o caso será investigado, mas em casos como esse a determinação é realmente que se dê prioridade ao socorro das vítimas, e não à perseguição dos criminosos.
O caso está sendo divulgado nas redes sociais e uma manifestação contra a violência homofóbica foi marcada para o dia 21 de março na Praça da Piedade.

segunda-feira, 12 de março de 2012


Dêem uma olhada nisso. É da Agência Estado. Depois da "saúde de Primeiro Mundo", agora temos a saúde metafísica. Leiam e vejam no que transformaram o Brasil.

Kraus Berg postou

O médium que cuida da saúde e do espírito de Lula

O médium que cuida da saúde e do espírito de LulaFoto: Divulgação

EX-PRESIDENTE, QUE JÁ SE CUROU DE UM CÂNCER E ACABA DE DEIXAR O SÍRIO-LIBANÊS, APÓS UMA LEVE PNEUMONIA, TAMBÉM TEM RECORRIDO AO CIRURGIÃO ESPIRITUAL JOÃO DE DEUS, A QUEM SE ATRIBUEM PODERES QUASE SOBRENATURAIS

Por Agência Estado
11 de Março de 2012 às 17:11Agência Estado
247 – Neste domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após se tratar de uma leve pneumonia. No mesmo hospital, após três ciclos de quimioterapia e 33 sessões de radioterapia, ele também foi considerado curado de um tumor na laringe. Comenta-se que, com a dureza do tratamento e a dificuldade para ingerir alimentos, Lula estaria também sofrendo de depressão. Além dos médicos, ele conta ainda com uma ajuda especial: a do médium João de Deus, que é considerado hoje o maior cirurgião espiritual do País. Leia, abaixo, o noticiário da Agência Estado sobre o médium:
BRASÍLIA - Diagnosticado com câncer há quatro meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sob os cuidados dos melhores médicos do País, no Hospital Sírio-Libanês, mas também foi buscar a "saúde da alma" em uma pequena comunidade do interior de Goiás. João de Deus, um médium especializado em cirurgias espirituais que mal sabe ler e escrever, é quem o acompanha.
Atribuem-se a João Teixeira de Faria, nome real de João de Deus, feitos como fazer cegos enxergarem, reduzir tumores e conseguir que paraplégicos voltem a andar. Uma de suas façanhas é inegável. Ele transformou a pequena Abadiânia, com 15 mil habitantes, em polo turístico internacional.
Semanalmente, milhares de pessoas dos mais diversos países gastam pelo menos U$ 2 mil para chegar ao município, distante 117 km de Brasília, em busca da cura espiritual. Seja por meio da água fluidificada, do remédio feito à base de passiflora ou pelas cirurgias visíveis (com pinças gigantes, tesouras e facas de cozinha) e invisíveis.
Desde que começou o tratamento tradicional, Lula e João de Deus se encontraram ao menos três vezes em São Paulo. Porém, ninguém fala abertamente sobre os vínculos entre os dois. "Lula é um bom filho. Um menino que começou lá de baixo, fez uma história e hoje você vê os brasileiros sorrindo", elogia João de Deus, como se traçasse um paralelo com a própria trajetória.
Nascido no vilarejo de Cachoeira da Fumaça, em Goiás, João era o mais novo de seis filhos de uma família simples. Com a mediunidade, rodou o mundo e atendeu um incalculável número de pessoas. Essa lembrança é interrompida com mais uma pergunta sobre o paciente.
"Quem trata do Lula é o coração de todos os brasileiros, que estão orando por ele. Aquele homem se dedicou até na hora que a mãe dele estava no caixão ao povo brasileiro. Se desse o contrário, o Brasil e o mundo inteiro estavam em luto", diz, prevendo o sucesso do tratamento do ex-presidente - sem especificar se o espiritual ou o tradicional.
Em um dos únicos cômodos refrigerados na Casa Dom Inácio de Loyola - onde João descansa entre os trabalhos da manhã e da tarde às quartas, quintas e sextas - há uma foto autografada de Lula com a faixa presidencial, ao lado de dona Marisa.
O porta-retrato tem destaque ao lado das outras figuras políticas que ilustram a sala. Entre eles, Nelson Jobim, que foi ministro da Defesa, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO). Todos pacientes? "Não tenho pacientes. Tenho amigos", responde o médium.
Política. Em Abadiânia, não há uma eleição sem que o apoio de João de Deus seja disputadíssimo. "Não sou um homem político. Meu voto é orar." Ele ainda mostra títulos, diplomas e certificados, que garante não lhe renderem qualquer vaidade.
Sobre a medicina, ele diz que tem o respeito dos colegas, inclusive dos médicos de Lula, e que os visitantes da casa são orientados a permanecer com o tratamento tradicional. "Os médicos têm uma missão de curar também e estudaram para isso." Ponto. Prefere mudar de assunto.
O humor do médium muda tanto quanto as entidades que o incorporam. Alguns dizem sete, outros, 30. Falar sobre o paciente ilustre e sobre as críticas às atividades da casa não lhe agrada, e ele segue respondendo sobre a certeza da missão. "Meu trabalho é dormir. Não curo ninguém. Quem cura é Deus," diz, logo depois de comentar que não dormia há 36 horas.
Na última quinta-feira, João de Deus atendeu os mais variados casos. Mulheres com dificuldades de engravidar, tumores, dores crônicas, desempregados, viciados em drogas.
A triagem dos pacientes é feita pela manhã. Em minutos, ele prescreve o tratamento. As operações visíveis não duraram mais que cinco minutos. Quem não pode se deslocar até Abadiânia manda fotos ou peças de roupa por intermediários. As curas de João, garantem os funcionários da casa, podem ser sentidas à distância.

A canalhice dos "Anônimos"

tonY pacheco


O anonimato só tem um atenuante: quando suas opiniões podem se transformar em armas para seus inimigos atingirem você. Aí você tem que usar, mesmo, o anonimato como escudo. Fora disso, não há explicação para o sujeito não se identificar.
Durante a ditadura militar, por exemplo, Chico Buarque assinou músicas como Julinho da Adelaide. Justo. Certas músicas poderiam levá-lo à cadeia.
Agora, num blog, o sujeito usar o anonimato para xingar as pessoas, é típico dos canalhas e dos covardes.
Tem sua opinião? Aqui não tem censura. Dê sua opinião e assine. Dar sua opinião e não assinar é comportamento de gente sem caráter.
É melhor você ir para outro blog. Não fazemos questão de sua presença.

sábado, 10 de março de 2012

Por uma educação transformadora

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Carlos Baqueiro
cbaqueiro@terra.com.br

Aproveitando que o último post deste blog correu para a área de educação e que fiquei com um pé atrás com relação a ele, re-publico um material que escrevi há uns 8 anos atrás, quando terminava o Curso de Licenciatura em História, e tive a oportunidade de estagiar e ensinar numa escola pública de Salvador.

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Há milhões de anos o ser humano se preocupa em transferir experiência e conhecimento aos seus descendentes. Afinal de contas o somos seres de cultura. E essa cultura só existe historicamente porque as pessoas conseguem, através de sua linguagem, mantê-la e transforma-la, dialeticamente, no decorrer de sua vida no planeta.

Nas sociedades ditas primitivas a função de transferência de saber era de todos os indivíduos. A transferência se dava no dia a dia das pessoas, sem que houvesse alguém ou algum lugar que limitasse essa transferência.

Alguns dos seres humanos conseguiram sistematizar essa forma de transferência. Deram consistência e direção a ela e possibilitaram a existência do que podemos hoje chamar de Educação.

Sacerdotes, reis, filósofos, conseguiram através de seu esforço intelectual construir uma arte/ciência de transmissão de saber, e, a partir deste saber, conseguiram deter e manter também o poder político dentro da sociedade em que estavam inseridos. E do poder político ao poder econômico.

Mas somente na Idade Média, na Europa, a educação se torna um produto da Escola. A atividade de ensinar passou a desenvolver-se em espaços específicos, cuidadosamente isolados do mundo dos adultos e quase sem qualquer relação com a vida cotidiana.

Durante séculos este tipo de educação ficou reservado aos nobres e religiosos, e posteriormente, à burguesia que, na medida de sua ascensão, exigia os mesmos privilégios que detinham os aristocratas.
Como os privilégios não chegavam a todos, a maior parte da sociedade não tinha qualquer vantagem em todo desenvolvimento levado pela educação. Na realidade todo, ou quase todo, desenvolvimento na Educação, foi em detrimento da maioria dos indivíduos.

Muitos não se resignaram a aquele estado de coisas. O anarquista russo, Mikhail Bakunin, em meados do século XIX, atacava aquele formato de educação:
A primeira questão que temos de considerar hoje é esta: Poderá ser completa a emancipação das massas operárias enquanto recebam uma instrução inferior a dos burgueses ou enquanto haja, em geral, uma classe qualquer, numerosa ou não, mas que por nascimento tenha os privilégios de uma educação superior e mais completa? Propor esta questão não é começar a resolvê-la ? Quem souber mais dominará naturalmente a quem menos sabe e não existindo em princípio entre duas classes sociais mais que esta só diferença de instrução e de educação, essa diferença produzirá em pouco tempo todas as demais e o mundo voltará a encontrar-se em sua situação atual, isto é, dividido em uma massa de escravos e um peque¬no número de dominadores, os primeiros trabalhando, como hoje em dia, para os segundos.
Movimentos populares, sindicatos, entre outros, se mobilizaram e chegaram até a criar suas próprias escolas. E não só escolas, mas teatros e universidades, e toda uma gama de locais e organismos que tentavam criar uma nova cultura, transformando a existente em alguma coisa mais descentralizada e democrática.

A burguesia de uma forma mais inteligente que a aristocracia sabia que aquele foi o mesmo caminho que ela tomou para ascender politicamente. Formar sua própria cultura. Portanto seria imprescindível criar instrumentos que dificultassem e anulassem aquela ascensão das classes trabalhadoras.

Desde a Revolução Francesa a burguesia faz surgir as suas escolas públicas. Os ingleses abriram suas escolas também no século XVIII. Napoleão vai dar uma face final a aquela forma institucional. Naquelas instituições os pobres ignorantes seriam socializados, isto é, seriam “educados”, para tornarem-se bons cidadãos e trabalhadores disciplinados.

O ensino público, gratuito e obrigatório, patrocinado por Estados Burgueses, foi visto como a melhor maneira de garantir a democratização do conhecimento. O canto da sereia foi ouvido por aqueles mesmos que diziam defender os direitos do povo. E tanto em regimes ditatoriais, como na Alemanha nazista ou na União Soviética, quanto em regimes ditos democráticos, como nas “nossas” democracias ocidentais, as escolas começaram a trazer e fortalecer o germe do controle social.

William Godwin, filósofo inglês, já em 1793, temia por isto, mas poucos lhe deram ouvidos. Em seu livro, Investigação Acerca da Justiça Política, ele denunciava:
... todo projeto nacional de ensino deveria ser combatido em qualquer circunstância pelas óbvias ligações com o governo, uma ligação mais temível do que a velha e muito contestada aliança da Igreja com o Estado. Antes de colocar uma máquina tão poderosa nas mãos de um agente tão ambíguo, cumpre examinar bem o que estamos fazendo. Certamente que o governo não deixará de usa-la para reforçar seu próprio poder e para perpetuar suas instituições.
Porém, mesmo depois de 200 anos de estabelecido o controle estatal e autoritário, as vezes, quase imperceptível, dentro da sociedade, ainda é tempo de colocarmos um pé atrás quanto a uma educação monolítica, seja estatal ou privada.

O que devemos fazer, é nos por de pé e trabalhar por um formato educativo que permita a todos, alunos e educadores, transformarem as escolas onde vivem boa parte de suas vidas, em locais de alegria e felicidade, com todos em busca de uma vida melhor para toda a população.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Os professores e o caos na Educação

RESPOSTA À REVISTA VEJA
Recebi este texto do amigo Everaldo Tavares. É, realmente, chocante e verdadeiro. É uma cópia da carta escrita por uma professora que trabalha  no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja, que, claro, a revista não publicou.

"Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador.Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que  pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola. Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”,  elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade..
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão." Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!

* pela transcrição, Tony PachecO

quarta-feira, 7 de março de 2012

Brasil e o Estado de faz-de-conta


tonY pacheco

O que mais me irrita neste País de merda é que ele é uma grande ficção. 
O Estado se diz poderoso, mas não controla as fronteiras do País e se entra e se sai sem nenhum controle, inclusive com armas, drogas, escravos, animais silvestres, minerais estratégicos e o diabo a quatro. 
O Estado diz que controla as cidades, mas há bairros imensos no Rio, São Paulo, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Brasília e várias outras cidades onde Policia não entra, homem da eletricidade não entra, homem da empresa de água não entra e homem da TV fechada não entra. 
O Estado diz que controla o País, mas nas estradas, a partir do cair da noite, SÓ OS LOUCOS TRAFEGAM, pois os bandos de assaltantes (muitas quadrilhas, inclusive com pessoas da área de segurança pública oficial) tomam conta das grandes e pequenas rodovias por este Brasilzão de merda: é entrar nas rodovias à noite e ser assaltado ou morto ou os dois; até os policiais rodoviários têm medo e você passa por todos os postos da PRF e tá todo mundo lá entocadinho, pois não abordam ninguém mais depois que o Sol se põe.
Já no lado das relações trabalhistas, o sujeito contrata sua mão-de-obra e não lhe paga o salário e se você reclamar este DIREITO ELEMENTAR de receber salário, já que não temos TRABALHO ESCRAVO OFICIAL DESDE 1888, o infeliz LHE DEMITE. E não há a quem se queixar.
Os postos de saúde oficiais não funcionam e os planos de saude privados são burocratizados atualmente e você não se queixe à ANS, pois eles não tomam providência alguma. 
Nos postos, a gasolina mais cara do mundo é falsificada com adição de álcool a mais do que a lei permite e o álcool é adicionado com mais água do que ele já tem e, agora, tem a bomba adulterada, que você coloca 20 litros e ela registra 22, e a agência de petróleo (ANP), controlada pelo PCdoB, veja você, não faz nada. 
Quem se lembrar, coloque mais FICÇÕES DE UM ESTADO INEXISTENTE nesta lista. 
Quer dizer, o Estado Brasileiro é um Estado de faz-de-conta, só funciona na hora de fu... com o miserável que trabalha e paga uma fortuna de impostos diretos e indiretos. Nisso o Estado é perfeito, lá pra eles mesmos. 
E, agora, o desemprego ainda voltou em alta, pois quem administra o País não tem a menor noção de Economia nem de Administração.
Socorro, quero sair daqui!!!