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quinta-feira, 15 de março de 2012

O inviável mundo de 7 bilhões de pessoas

Este é um mendigo. E não é em Salvador que ele está. Está em Paris. É! Paris.

O barraco não é no Calabetão nem em Saramandaia. É no Japão. É! É no Japão.


Tony PAcheco




 “Se Brasil, China e Índia decidirem copiar o estilo de vida dos desenvolvidos, serão necessários cinco planetas Terra”.
Sha Zukang, secretário-geral da ONU para a Conferência Rio + 20 sobre meio-ambiente

“...saía eu desta Tribuna (na minha primeira fase aqui, ainda repórter), em pleno Carnaval, no mesmo Fusca, após escrever a matéria e louco para voltar para a folia (naquele tempo a gente brincava mesmo o Carnaval). Mas tinha tomado todas e saí de vez do estacionamento do jornal para a Rua Djalma Dutra, o que provocou violenta freada de, imaginem, uma viatura da PM. Fizeram sinal para eu parar. Parei. Um tenente, educadíssimo, veio conversar comigo, notou que estava sem óculos (na carteira havia a observação de que eu era obrigado a usá-los), meio bêbado, e, após perguntar onde eu morava, mandou que eu dirigisse, bem devagar, na frente. Eles me seguiram até minha casa, nos Barris, mandaram que eu subisse as escadas e entregasse as chaves. Quando retornei, o tenente disse:  ”Agora vá brincar seu Carnaval e esqueça o carro até Quarta-Feira de Cinzas”. É ou não é para ter nostalgia?
Alex Ferraz na coluna “Em Tempo” da “Tribuna da Bahia”

Escolhi a frase do diplomata da China Sha Zukang e a história que o jornalista Alex Ferraz contou hoje na “Tribuna” para voltar a um assunto que deveria incomodar toda a Humanidade, mas que, parece, não incomoda muita gente: a superpopulação e a conseqüente INVIABILIDADE da vida humana na Terra.
Ainda me lembro quando em 12 de outubro de 1999, o então secretário-geral da ONU, Kofi Anan, anunciou o nascimento do ser humano 6 bilhões na Bósnia-Herzegovina. Ao lado de alguns colegas na Redação de “A Tarde” chegamos a trocar impressões sobre o absurdo de Anan estar comemorando aquilo.
E no ano passado, o novo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou que em 31 de outubro nascera, na Rússia, o ser humano 7 bilhões. Felizmente, desta vez, o secretário das Nações Unidas não comemorou e, sim, falou que "Os recém-nascidos chegam a um mundo contraditório, com muita comida para uns e com a falta de alimentos para um bilhão de pessoas que vão dormir com fome todas as noites. Muitas pessoas gozam de luxuosos estilos de vida e muitos outros vivem na pobreza", disse Ban em entrevista à revista americana “Time”.


Segundo a mesma ONU, atualmente, dois bebês nascem a cada segundo, o que nos levará a 10 bilhões em 2100.
A Índia será o país mais populoso em 2025, quando serão 1 bilhão e 500 milhões de indianos, superando a China, que graças ao controle da natalidade, deverá ter estacionado em 1 bilhão e 400 milhões.
Diante disso, o Fundo de População da ONU (UNFPA) diz que “o mundo enfrentará crescentes obstáculos para criar empregos para as novas gerações, especialmente nos países pobres, e que a mudança climática e a explosão demográfica vão agravar as crises de fome e de seca”.

PULO DO BILHÃO

O mundo demorou 126 anos para pular de 1 bilhão de habitantes, em 1802, para 2 bilhões, em 1928. Em 1974 estava dobrando de novo, chegando a 4 bilhões. Daí para cá, desembestou pela total ausência de controle da natalidade, a não ser na Europa Ocidental e China.
Segundo o Banco Mundial, neste mundo descontrolado de 7 bilhões de pessoas, 1 bilhão e 100 milhões de pessoas vivem com menos de 1 dólar por dia (1 real e 80 centavos) e 2 bilhões e 700 milhões vivem com menos de 2 dólares (3 reais e sessenta centavos). São 3 bilhões e 800 milhões de pessoas muito pobres.
Mais de 800 milhões de pessoas estavam subnutridas em 2010.

E o problema não atinge só os países do III Mundo, como o Brasil, Indonésia, Índia ou Paquistão, em 2010 o Ministério do Trabalho do Japão admitiu oficialmente que mantinha estatísticas secretas sobre desemprego e pobreza naquele país que era considerado um ícone da riqueza mundial. Desde 1998 o governo japonês escondia as estatísticas sobre pobreza e desemprego. Hoje, o Japão admite que são 20 milhões de japoneses na pobreza. Quer dizer, tem mais país manipulador de estatísticas no mundo do que supõe nossa vã filosofia.
E não para aí. O governo Obama admitiu que 46 milhões de americanos vivem na pobreza em 2011. Sim, os EUA, país que tem o maior Produto Interno Bruto do planeta, tem quase 50 milhões de pobres, todos eles sem acesso à saúde, vivendo de mendicância ou sub-emprego.

DESAFIO À INTELIGÊNCIA

E aí eu junto as idéias do secretário chinês Sha Zukang com as do jornalista Alex Ferraz:
num mundo que quer ter o nível de vida da Europa (ANSEIO LEGÍTIMO DE TODO E QUALQUER SER HUMANO, inclusive eu...) e ser gentil e ordeiro como nostalgicamente lembra o jornalista Alex Ferraz, É POSSÍVEL ter 7 bilhões de pessoas felizes e bem-alimentadas?
Zukang foi claro: só se tivéssemos 5 planetas Terra em recursos naturais poderíamos colocar chineses, brasileiros e indianos no patamar de vida digna dos europeus. Ou seja, é impossível a felicidade no planeta.
A Alex Ferraz eu lembro: a Salvador da qual ele tem saudade, a da sua adolescência, tinha 700 mil habitantes. Até esse ponto, uma cidade ainda é administrável e seus habitantes também ainda podem ter um mínimo de civilidade. Salvador hoje tem quase 3 milhões de habitantes, muito mais pobres do que jamais  foram.
E o desafio se estende aos ideólogos de todas as vertentes políticas (do nazismo ao anarquismo, passando pelos marxistas de todas as tendências): COMO realizar uma sociedade de bem-estar social para 7 bilhões de pessoas? O padrão seria o europeu da Suecia ou o africano de Burundi? Existe ciência econômica com fórmula para multiplicar a riqueza do planeta atual por 5, como duvida Zukang, para que tenhamos 7 bilhões de vidas dignas na Terra?
A superpopulação lançou todas as ciências sociais e ideologias políticas no lixo. É uma perda de tempo incrível discutir qualquer tipo de mudança social sem, ANTES, reduzir a população mundial através das políticas de controle da natalidade que paises como Suecia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Bélgica, Alemanha e outros fizeram. Fora disso não há saída.
Nenhum país do planeta Terra com mais de 100 milhões de habitantes deu certo. NENHUM. Japão e EUA têm milhões de miseráveis sem-teto, sem emprego e sem saude. E sobre isso nem vou falar no Brasil, Nigéria, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e México, todos acima de 100 milhões e com a população daquele jeito... Daquele jeito que basta você olhar para os lados para ver que não tem jeito...

6 comentários:

  1. Você é muito pessimista, mas o que mais me chateia é que não tenho resposta pra uma situação que não tem mais jeitto.

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  2. concordo com os dados apresentados, são assustadores...

    mas, pessimismo à parte..., o china sha zukang (bem como o nosso economista mór!) cometeu um pequeno erro de interpretação do problema da hiper-super população mundial:

    a questão matemática, difícil de equacionar, não está na multiplicação dos recursos disponíveis para disponibilizar quinquilharias multicoloridas, mas na divisão do produto, que é realizado por todos, de forma direta ou indireta...

    socialismo é a palavrinha mágica necessária para a solução dos problemas apresentados...

    ressaltamos que o socialismo, aqui aventado, nada tem haver com o que existe hoje em cuba, china e venezuela...

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  3. muitos perderam a cabeça, ao tentar solucionar essa questão tão candente, diante desse impasse: a distribuição da riqueza entre os menos afortunados.

    de cabeça, cito alguns:

    maria antonieta; luís xvi; nicolau ii etc...

    post:
    aristides da baixa de quintas

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  4. Cristovam AGUIAR mandou para o e-mail de Alex Ferraz:

    Lendo a matéria no blog os Inimigos do Rei, lembrei deste trecho de uma obra do zoólogo inglês Desmond Morris sobre comportamento psicosocial das espécies, cujas observações podem e devem ser aplicadas ao ser humano, como animal que é.
    “...A moralidade biológica deixa de ter aplicação quando a população atinge níveis excessivos. Nesse caso, a regra tem de se inverter. Estudos realizados experimentalmente noutras espécies demonstraram que, quando a população se multiplica excessivamente, é atingido um ponto em que a densidade populacional acaba por destruir toda a estrutura social. Os animais contarem doenças, matam os jovens, combatem-se e mutilam-se. E impossível manter decentemente qualquer padrão de comportamento. Tudo se fragmenta. Acaba por haver tantas mortes que a população fica reduzida a uma baixa densidade e pode voltar a reproduzir-se outra vez, mas não antes de ter atingido um fase catastrófica. Nesse caso, o caos poderia ter sido evitado se fosse introduzido qualquer tipo de dispositivo anticoncepcional antes que a população se tivesse tornado excessiva”. (Desmond Morris in “O Macaco Nu” – 1975)

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  5. a sáida é todo mundo tomar no cu

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  6. vamos parar de fazer filho,eu dou o exemplo nao tenho nenhum e nao ajudo quem tenha,se me pedem esmola pergunto se tem filho se tem eu nao dou nada

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