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sábado, 24 de março de 2012

O mito da boa aparência

O mito da boa aparência é tão forte no brasileiro que este rapaz bonito foi eleito presidente e seu primeiro ato foi tirar a poupança de milhões que acharam ele bonito e por isso votaram nele.

Alex Ferraz

O caso da chamada gangue das loiras chamou a atenção da parte (ainda) pensante da população para a forma altamente preconceituosa com que órgãos de segurança e seus agentes, incluindo a segurança privada,e a própria mídia enxergam os suspeitos, para não falar nos que atendem em balcões de lojas e bancos. Gente de “boa aparência” (leia-se; branca, “bem vestida” e bem falante) é considerada a priori como honesta, enquanto os que se vestem mais à vontade, são negros ou mulatos (considerada “má aparência”) são vistos a priori sob o olhar da suspeita.
Foi assim com a tal gangue das loiras, com mulheres que debocharam de vendedores de balcão usando cartões de crédito roubados e surrupiando quase tudo das vítimas que caíam no esparro da boa aparência.
Observem na TV. De Datena aos nossos apresentadores locais, é muito comum ouvirmos a expressão “mas uma mulher bonita, charmosa, como é que pode ser bandida?” Ora, senhores, e por acaso bandidagem tem cor ou outras características pessoal ou de vestir? Quantos são os engravatados que nos roubam diariamente no processo de deslavada corrupção neste País? Dá para comparar o que surrupiam com o que leva o ladrão de galinhas maltrapilho?
De mais a mais, não interessa mesmo a aparência de quem lesa o próximo ou mata: seja ele negro, branco, maltrapilho,”bem vestido”, todos merecem a punição de rigorosa da lei. Mas não é assim que funciona, infelizmente, pelo menos no quesito da suspeição.
Ah, só para completar: experimentem tentar entrar numa agência bancária vestindo bermudas, usando camiseta e óculos escuros.
Imediatamente o “detector de metais” (grossa mentira, pois não há detector nenhum, e sim um sujeito que olha para o cliente e decide se permite a entrada ou não) trava a porta. Volte em casa, vista uma camisa social (se puser paletó e gravata, então, a coisa fica maravilha), uma calça sofisticada e tente de novo. Entrará sem qualquer empecilho, mesmo que carregue sob a roupa uma metralhadora.
É isso aí: enquanto a idiotice do preconcetio reinar, a “boa aparência”
poderá fazer muito, muito mais vítimas na violência.

Parabéns
à Federal (I)
Congratulações à Polícia Federal pela investigação e prisão dos imbecis de Curitiba que pregavam ódio às mulheres, gays, negros, judeus e articulavam um atentado nazista em Brasília, a uma universidade.
Essa gente tem que mofar na cadeia. Não dá para ser democrático nem tolerante com doentes intolerantes. Nesse ponto, estou ficando cada vez mais radical. Vamos enterrar Hitler de vez!

Parabéns
à Federal (II)
E por falar em parabéns à Polícia, destas modestas plagas tropicais quero registrar meu sentimento de gratidão e júbilo diante da ação da polícia francesa, que encuarralou o terrorista que matava judeus e negros.
Uma ação pefeita e que resultou, felizmente, na morte do indivíduo. Um a menos.

* publicado na Tribuna da Bahia de hoje, 24.03.2012

3 comentários:

  1. "Não dá para ser democrático nem tolerante com DOENTES intolerantes."

    parece-me que o mestre foucault tirou férias...

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  2. diz o dito popular que notícia ruim nunca vem sozinha:

    morre chico anísio..., e zélia cardoso de mello (alguém lembra dessa LOUCA no ministério da fazenda/economia?) chega ao brasil para incensar o morto!

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    1. essa mulher deu o maior golpe na pequena burguesia brasileira que esse país devia conhecer, confiscou vários bilhões das poupanças, contas correntes e aplicações financeiras: o país parou...

      levou alguns milhares à loucura e ao suicídio, outros tantos milhões à inadimplência (falência).

      foi presa, claro que não... vive no bem bom - lá nas terras de todas as oportunidades com a desgraças alheia -, pois casou e fugiu para miami (usa)!

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