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terça-feira, 28 de agosto de 2012

As duas cidades do Salvador


Alex Ferraz

A propaganda do governo baiano, de caráter eleitoral, claro, mostra algumas obras na capital baiana e diz que aquela é a "Salvador de todos nós".

Eu diria: a minúscula Salvador de poucos de nós.

Sim, porque a outra Salvador, da buraqueira infernal, da desordem absoluta no trânsito, das estações de ônibus urbanos transformadas em pocilgas violentas, dos trens do metrozinho de mentira enferrujando (posto que foram comprados, quatro anos atrás, apenas para fazer figura na campanha eleitoral), do lixo, da pobreza indescritível, está aí, gigantesca. E eu pergunto: de quem é esta Salvador lamentável? É "dos outros"?

Cidade Alta e Cidade Baixa já não são mais as únicas divisões desta cidade mãe do Brasil. Agora, temos a Salvador para o qual o governo do estado resolveu dar uma olhadela, e aquela, imensa, que foi abandonada por todos (inclusive por aqueles que agora criticam a cidade), inclusive pelo governo estadual.

Enfim, quem se lasca é o soteropolitano e todos os que vivem nesta bela porém destruída cidade.

Não fora assim, porém, qual seria o mote da atual campanha?

Deboche no STF


Alex Ferraz

Transrevo, abaixo, artigo do jornalista Carlos Newton, publicado hoje na Tribuna da Internet (antiga Tribuna da Imprensa, acessem, vale a pena!):



"O aluno reprovado Toffoli tentou dar aula ao professor emérito Luiz Fux

Carlos Newton

Foi uma aula de direito às avessas. Todo enrolado, sem saber o que dizer, fazendo pausas intermináveis, o ministro Dias Toffoli deu um voto destinado a ficar na História, mas às avessas, para que os alunos de Direito assistam diversas vezes e aprendam como não se deve proceder ao ocupar uma caderia na mais alta corte de Justiça.

Toffoli, a ignorância envaidecida

Ficou mal para ele e pior ainda para quem o conduziu até essa investidura. Sua nomeação para o Supremo mostra que, em seu permanente delírio de grandeza, Lula acabou perdendo a noção das coisas. Fez um bom governo, foi o primeiro operário a chegar à presidência da República de um país realmente importante, pelo voto poder, tornou-se uma importante personalidade mundial, mas o sucesso lhe subiu à cabeça, começou a fazer bobagens, uma após a outra.

Lula poderia ficar na História como um dos mais destacados líderes da Humanidade, mas não tem a humildade de um Nelson Mandela nem o brilho de um Martim Luther King. Suas tiradas acabam soando em falso e os erros cometidos vão se avolumando.

Dias Toffoli foi um dos maiores equívocos cometidos pelo então presidente, que sempre se orgulhou de jamais ter lido um só livro. Desprezando o sábio preceito constitucional que exige notório saber jurídico, Lula nomeou para o Supremo um advogado de poucos livros, que por duas vezes já tinha sido reprovado em concursos para juiz.

O resultado se viu no julgamento de segunda-feira. Todo atrapalhado, Toffoli não sabia quando estava lendo alguma citação ou falando por si próprio. O mau estar no plenário foi num crescendo. Os outros ministros já não aguentavam mais tamanha incompetência. Toffoli não se comportava como um magistrado, que necessariamente tem de examinar os argumentos de ambas as partes. Limitava-se a citar as razões dos advogados de defesa dos réus, sem abordar nenhuma das justificativas da Procuradoria Geral da República ou do relator.

Ainda não satisfeito com essas demonstrações de inaptidão e de parcialidade, Dias Toffoli resolveu inovar. De repente, para justificar seu papel grotesco, proclamou que a defesa não precisa provar nada, quem tem de apresentar provas é a acusação. Fez essa afirmação absurda e olhou em volta, para os demais ministros, cheio de orgulho, como se tivesse descoberto a pólvora em versão jurídica.

Os demais ministros se entreolharam, estupefactos, e Luiz Fux não se conteve. Pediu a palavra e interpelou Toffoli, que repetiu a burrice, dizendo que não cabe à defesa apresentar provas, isso é problema da acusação.

Infelizmente, a TV não mostrou a risada de Fux, considerado um dos maiores especialistas em Processo Civil, um professor emérito e realmente de notório saber.

Até os contínuos do Supremo sabem que as provas devem ser apresentadas tanto pela defesa quanto pela acusação, mas na faculdade Toffoli não conseguiu aprender nem mesmo esta simples lição. É um rábula fantasiado de ministro, uma figura patética."

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Na Bahia é assim: quem morreu é que se fudeu!!!


Tony PACheco

A absolvição do assassino confesso do apresentador de TV Jorge Pedra é mais um dos momentos da impunidade que grassa na Bahia, estado campeão em homofobia no Brasil há vários anos, segundo pesquisa permanente mantida pelo professor doutor Luiz Mott, uma das maiores autoridades mundiais em termos de estudos da homofobia.
O caso de Jorge Pedra é emblemático e deixa envergonhado qualquer baiano medianamente civilizado. Resolvi postar, abaixo, um texto do blog diretoaotema.blogspot para que vejamos as razões pelas quais a Bahia (e Salvador, especificamente) é um dos lugares mais violentos do planeta: AQUI SE TEM A CERTEZA DA IMPUNIDADE.

Bahia: muitos crimes e pouca solução.
* Por Fabricio Rebelo

O estado da Bahia é atualmente o vice-campeão no ranking de crimes cometidos por arma de fogo, com o expressivo percentual de 81,3%. Salvador, a capital, tem números ainda mais altos: 93,6%. Estes são os dados divulgados em recente pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios – CNM, analisando a criminalidade nos estados brasileiros.[1]

Paralelamente a tal triste realidade, dados de pesquisa realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP apontam que o estado é o 5º pior do Brasil no ranking de resolução de inquéritos policiais em crimes de morte, acumulando um saldo de 10.145 homicídios sem elucidação[2]. Em termos práticos, os dados apontam que o estado deixou de punir, ao menos, 10.145 crimes que resultaram em homicídio, simplesmente por desconhecer seus autores, as condições em que foram praticados, o armamento utilizado e sua origem. São crimes que permanecem envoltos em absoluto mistério.

A confrontação entre as duas pesquisas indica haver relação causal entre o número de homicídios e o de sua elucidação, pois que, a exemplo da Bahia, justamente nos estados com menores taxas de elucidação criminosa é que se concentram as maiores taxas dos crimes de morte. E, a bem da verdade, não poderia ser diferente, pois a ausência de elucidação de crimes traz como consequência direta a impunidade, hoje indiscutível fator sobrelevante para a fomentação criminosa.

No outro extremo, pode-se tomar como melhor exemplo de sucesso no combate ao crime o estado de São Paulo, destacado no “Mapa da Violência 2011”, estudo fruto de parceria entre o Ministério da Justiça e o Instituto Sangari, como o estado que mais conseguiu reduzir os índices de homicídio: 62,4% em dez anos. A fórmula? Repressão ao crime, através de investimento na polícia e punição dos criminosos.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Prefiro democracia do que o DOPS atrás de mim...

toNY pachEco



Prefiro Fabety, que "mexeu-subiu", do que o general Médici, que era só descendo o cacete na cabeça de todo mundo. 

Muitas amigas e muitos amigos indignados com os ladrões travestidos de honestos. Os incompetentes disfarçados de aptos. Os vagabundos fantasiados de paladinos da justiça nestas eleições. POIS EU, NÃO!!! Prefiro a traveca louca, dançarina, do que o general Médici. Prefiro Fabete do Bocão do que o general Humberto de Alencar Castelo Branco. Prefiro um político idiota que nem sabe ler e escrever (com
o aquele, lembram?, que governou aquele país, lembram?) do que Pol Pot, Stalin, Hitler, Mussolini, Franco, Mao Tsé-tung, Fidel Castro, Hugo Chávez, Salazar, Enver Hoxha. Enfim, prefiro FHC casado com Lula e tendo Dilmão como madrinha do que qualquer ditador que ache que pode me salvar e a todos nós. Vamos errando. Um dia a gente acerta.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Lei contra Bullying





Ricardo Líper

A palavra já se internacionalizou. Se refere a agressões que vão desde palavras até maltrato físico com óbito ou não. Um sujeito se achando valentão se acha no direito de bulir, em português, com os outros para se distrair. Não me interessa se é um alienado, problemático ou seja lá o que for. Isso é problema dele. O que me interessa é impedir que esse sujeito ou sujeita, com vocação para tirano, em inglês bully é tiranete, valentão, tenha o poder sobre quem ele achar ser mais fraco e insista, porque se distrai assim, em o ridicularizar e alguns vezes o espancar aproveitando-se do isolamento ou da fraqueza psicológica ou física da vítima. O bullying só para quando a vítima revida com violência porque o buliçoso só aprende apanhando ou sendo reprimido senão a atitude agressiva, mascarada às vezes de brincadeira, vai em um crescendo levando a vítima ao desespero e, em alguns casos até, suicídio. Tudo pode ser motivo de bullying. Ter um peso maior ou menos do que os outros, ser de uma raça diferente dos outros, ser muito calado ou falar demais, ficar sempre muito isolado, ser tímido, ter dito alguma coisa tola alguma vez, está diferente do que a sociedade manda se comportar como namorar o mesmo sexo, enfim, não importa porque o que o tiranete quer é torturar alguém. Ele se distrai torturando os outros. Quer dizer, os mais fracos porque os mais fortes ele sabe que não pode porque o murro na cara será certeiro. No meu entender deveria ter uma lei contra o bullying não importando o motivo. O ato, quando comprovado, devia ser punido de forma exemplar. Sim, já existe a lei contra o racismo e se quer uma específica contra a homofobia. Entretanto, ficam de fora muitas categorias porque o objeto de distração do buliçoso vai mudar. Eles não mais criticam outras raças e já estão mais precavidos em relação aos gays porque não é politicamente correto os ridicularizar e oprimir, no caso dos negros eles seriam encarcerados. Eles mudam seu objeto de perseguição porque o prazer é perseguir alguém para se distrair. Quando a sociedade aprova e incentiva o bullying , como, por exemplo, as pessoas que sexualmente tem objetos distoante da moral sexual da religião cristã  é um prato cheio para ele. Portanto, deve ter uma lei para impedir que qualquer pessoa se ache no direito, seja sob que pretexto, de transformar em palhaço e vítima de perseguição e maltratos alguém para se distrair. Um filme clássico sobre o assunto é Carrie, a Estranha. Revejam.   

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Biblioteca José Oiticica

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Valter Bitencourt Junior*

“Se a comunidade não vem até nós, somos nós que iremos até ela!”

Pois, temos muito a fazer para uma comunidade melhor, para passar para a comunidade informações e conhecimentos de mundo, para abrir os olhos humano, e mostrar a verdadeira realidade, mostrar que os livros são as principais formas de salvação, e de liberdade. Pois, ler um livro é descobrir o mundo, é desvendar uma nova vida, e um novo ambiente, e de tudo o livro ensina a nós sabermos de tudo a se comunicar, a saber, a falar nas horas exatas, a saber, os nossos direitos e deveres, e, a saber, a pensar, a refletir, e a hora de tomar as providências para reivindicar os direitos.

A Biblioteca foi pensada e criada pelo prof. Antônio Fernandes Mendes e amigos solidários.

A Biblioteca Comunitária de Valéria prof. José Oiticica é uma porta que esta aberta para todos, desenvolver trabalhos, voltados à leitura, a escrita, ao teatro, a dança de rua, a arte, etc. Pois, uma biblioteca comunitária em um bairro faz toda a diferença, e ela só ganha o seu verdadeiro valor quando se há leitores, crianças que se interessam pela leitura, jovens, para uma vida melhor, que não venha a ser o crack, a violência, o mundo do crime, que vem destruindo os jovens da nossa comunidade.

A Biblioteca Comunitária de Valéria, além de uma biblioteca, tem também uma área ecológica, conhecida como ISVA, uma grande preservação, onde se encontra árvores, plantas, e ervas medicinais. E nessa área ecológica, sempre quando estamos nele temos uma sensação agradável, e de tudo dar para sentir a natureza próxima da gente. A Biblioteca Prof. José Oiticica, é uma biblioteca que pode melhorar, e pode conquistar o coração do Brasil e do mundo, e em tudo tem toda a capacidade de fazer a diferença, para uma vida melhor, e de tudo um espelho que deve ser seguido e cobrado por várias comunidades.

Participe também dessa maravilhosa biblioteca, e venha em busca de conhecimento conosco, e em tudo o seu futuro, só pode ser feito por você, por sua vontade, pela sua dedicação, e pelo seu aprender, e estar próximo das pessoas, que estão por sua volta.

* O autor é estudante do Colégio Dinah Gonçalvez, em Valéria.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Novo conto de Ricardo Líper na página contos

Ricardo Líper
Recentemente postei sobre a nova ideologia que se esboça entre as pessoas que é o indiferentismo. E esse conto pode ilustrar talvez, essa nova tendência de pensar e se comportar. Confiram.
D. Maria tem 2 filhos. Marcão e Paulão. Ambos fortes, jovens de não mais de 25 anos, várias namoradas com algumas tirando filhos deles. Paulão, o mais velho, fica sabendo por um vizinho que seu irmão absolutamente insuspeito, foi visto aos beijos e abraços com outro homem. Desnorteado interroga o irmão que, desafiadoramente, diz ser tudo verdade. Ele parte para o trabalho do, segundo ele, que corrompeu seu irmão para espancá-lo. Se você gosta de histórias desconcertantes como as minhas, de coisas que ocorrem a cada dia nessas cidades do nosso varonil país não deixe de ler O Cunhado postado hoje para lhe fazer rir nesse final de semana. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Governador bonzinho e professor malzão ou Professor bonzinho e governador malzão?"

SABEDORIA ÁRABE

— "Quem não sabe e não sabe que não sabe, é um imbecil: deve ser internado.
— “Quem não sabe e sabe que não sabe, é um ignorante: deve ser instruído.
— “Quem sabe e não sabe que sabe, é um sonhador: deve ser acordado.
— “Quem sabe e sabe que sabe, é um sábio: deve ser imitado.”


Tony pacHeco

Desde que me entendo por gente sou um inconformista, principalmente diante de discursos simplistas. Não aceitava nem de meu pai e de minha mãe as explicações primárias: "Isso é assim porque é assim..." Discutia e, às vezes, apanhava, mas não desistia de questionar. O primarismo no discurso me enoja, incomoda e eu, quando vejo, pronto, falei... Às vezes perco muita coisa com isso, mas não me perco de mim mesmo. Tem sido suficiente até aqui.
O introito foi necessário porque nos últimos 100 dias todo mundo que é "intelectualizado" começou a demonizar o governador da Bahia e a enaltecer os professores que trabalham para o governo do estado da Bahia. 
No meu entender, não é bem assim e há umas mitologias (no sentido de Barthes) a serem decifradas. Vamos tentar?

1) O GOVERNADOR MALZÃO - na verdade, todo governador, desde Thomé de Souza até o atual, não foi eleito para consertar o mundo. O Brasil foi descoberto por uma coroa (a portuguesa) interessada em se firmar no mundo. Uma coroa paupérrima, que governava um país ridiculamente pequeno e que precisava extrapolar sua insignificância para poder justificar sua existência. Portugal existe porque se jogou ao mar e "descobriu" o Brasil, pontos da costa africana, pontos da costa indiana e, por incrível que pareça, até pontos da China e da Indonésia. Então, os portugueses que vieram pra cá não vieram construir uma nova civilização como os ingleses que fugiram da coroa inglesa e fundaram a América. Os portugueses vieram ocupar um território e explorá-lo para levar os resultados desta exploração para a pequeníssima metrópole na Europa. Nunca houve a pretensão de construir uma nação por aqui: isto aqui era uma área de caça. Só. Então, falar que um governador, isoladamente, foi ou é responsável pela deseducação do nosso povo, é uma meia-verdade, isto é, é uma mentira. Governadores vieram e virão e nosso povo continuará ignorante, pois este é o fundamente da ocupação do Brasil: uma elite predadora pega tudo para si e o povo tem que ser mantido na ignorância, pois se não for mantido sem educação, acaba um dia descobrindo que tem direitos e expulsa os grupos dominantes. Isto não aconteceu, não está acontecendo e não acontecerá. Agora, muito mais tranquilamente do que quando os portugueses tinham que oprimir e manter na ignorância apenas os indígenas, os verdadeiros donos da terra. Hoje é mais fácil, porque quando você atinge 200 milhões de pessoas, elas não conseguem mais se organizar. China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Brasil, Paquistão, Bangladesh, Nigéria e México dão uma grande lição ao mundo: bote o povo para procriar sem controle pois, aí, você, como dominante, terá sempre a desculpa que não pode dar uma vida digna a todo mundo, pois tem gente demais. Isto serve a todos os citados e não só ao Brasil e não só à Índia. Os Estados Unidos, o país mais rico do planeta, tem 50 milhões de pobres e ignorantes, admitidos oficialmente pelo presidente Barack Obama, para desespero dos brancos ricos de lá, que querem posar de paraíso do mundo...
O governador da Bahia não é malzão nem bonzinho. Ele apenas segue um projeto histórico que foi, é e será este mesmo. Com tendência a piorar, pois a população brasileira na minha infância era de 70 milhões de pessoas e, hoje, como adulto, bateu nos 200 milhões (ou está perto desta hecatombe). É o governador quem vai dar educação pra este povo todo? Ora, me poupem. Mesmo que ele quisesse ele não tem condições de fazer isso. Só se a maior parte do povo desaparecesse ou se houvesse uma revolução sanguinolenta que mudasse tudo: nem eu, nem você que está lendo esta minha bobajada, nem ninguém, quer nem uma coisa nem outra, não é verdade?

2) PROFESSOR BONZINHO: Bismarck, o verdadeiro fundador do Estado Alemão moderno, determinou ao kaiser (o imperador da Prússia, que era, dos estados alemães, o que verdadeiramente mandava na época da construção da Alemanha unificada e moderna que hoje conhecemos) que os professores deveriam ser os funcionários públicos mais bem pagos, para ficarem imbuídos do sentimento messiânico de que estavam formando (no sentido acadêmico do termo) a geração que iria construir a mais importante nação do mundo, a Alemanha. E assim foi feito. Em uma geração, os alemães se tornaram o povo mais poderoso da Europa, tentando, inclusive, por três vezes (Primeiro Reich, Segundo Reich e Terceiro Reich...), dominar todo o continente. E se não fossem os Estados Unidos, teriam conseguido na segunda ou na terceira vez... A Coréia do Sul está fazendo a mesma coisa agora e já elegeu o secretário-geral das Nações Unidas, justamente porque tornou-se um país relevante baseado no nível educacional do seu povo e na riqueza gerada por esta educação, como os alemães o são até hoje.
Professores são, sim, os formadores de cidadãos mais importantes em sociedades civilizadas (isto não vale para boa parte do mundo) e o Brasil é uma delas. Contudo, professores são seres humanos e têm, como todos os seres humanos, interesses pessoais, particulares, de grupo. Então, nesta greve atual, por exemplo, vários professores têm partidos políticos adversários do governador da Bahia. Adversários do partido do governador da Bahia. Professores-políticos que acham que os projetos dos partidos deles (a maioria, inclusive, saiu do partido do próprio governador, por falta de espaço para impor seu projeto) são melhores que o projeto do partido do governador. E, aí, nada melhor do que um período eleitoral para reivindicar tudo que é justo. Pois todas as reivindicações são justas, mas são reivindicadas num momento eleitoral para destruir o partido do governador. 

RESUMO DA ÓPERA

A discussão primária tem que parar, pelo menos para mim. Nem o governador é malzão, nem os professores são bonzinhos. O governador pode ser bonzinho em certos momentos, assim como os professores podem ser bem malzões neste momento. 
É tudo luta política, ninguém está, realmente, interessado em educar nosso povo. Ou eu sou um imbecil que não entendo nada de nada? Acho que sou.


CASTAN : Holocausto : Judeu ou Alemão ?

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SABEDORIA ÁRABEOs árabes afirmam:— "Quem não sabe e não sabe que não sabe,é um imbecil: deve ser internado.— Quem não sabe e sabe que não sabe,é um ignorante: deve ser instruído.— Quem sabe e não sabe que sabe,é um sonhador: deve ser acordado.— Quem sabe e sabe que sabe,é um sábio: deve ser imitado."(

Correio do Povo

, 01 /09/86)"Ninguém tem um monopólio de apresentar o d

O fim das paixões e Foucault

Ricardo Líper

A partir de um inteligente comentário feito por um leitor, quero responder dizendo que Foucault sofreu a influência de Nietzsche. Na realidade, foi Nietzsche quem viu em tudo e nos homens, evidentemente, as relações de poder. Daí a vontade de poder que move a todos e ao mundo. Sim, tendo poder tem dinheiro e tendo dinheiro tem poder. O que Foucault percebeu, dito de uma maneira mais popular, foi que só existem os otários e os sabidos. O sabidos manipulam o discurso, o que dizem e escrevem não com a finalidade de conhecer a verdade ou fazer o bem para os outros, mas para adquirir poder. Quem tem uma suposta  verdade na qual todos acreditam, daí a ciência ser uma privilegiada, porque se autoproclamou verdadeira, tem o poder e com o poder o dinheiro. Os otários serão os que acreditam nos discursos. No que os outros espertalhões dizem que são e porque são e o que fazem. O x da questão é esse. Todos querem ser os donos da verdade porque é ela a chave para se acumular capital, oprimir os outros e explorá-los da maneira que se quiser. Não é mais o senhor e o escravo, é o sabichão e o otário. Ao possuidor da verdade, mesmo científica, você se submete como um crente ao seu pastor, ao Papa, à mãe de santo, ao adivinho, ao médico, ao psiquiatra, ao jurista, ao deputado, ao governo. Mesmo que eles exijam de você muitos sacrifícios e comportamentos que vão contra a sua vontade. Tudo porque eles têm a verdade e discursam sobre ela, o impressionando, por você ser, muitas  ou algumas vezes, otário. Para Foucault, no meu entender, a verdade, se é que existe, é o noumenon, a coisa em si de Kant, que não atingimos porque só se atinge o discurso.