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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

JORNAL COMENTADO 14


Tony PacHeco* 

Estacionamento cobrado em shopping:
uma ganância bem maior que o direito

E o que tem a ver esta foto de bundas x burcas com estacionamento? Tudo. É pra vermos como sermos humanos é divertido...

"Cobrança por estacionamento de shopping começa a vigorar em 2013"

(A Tarde On Line, TV Bahia, Tribuna, Correio e toda a mídia)

Como natural que sou do Sudeste, sempre achei estranho não haver cobrança nos shoppings de Salvador para o estacionamento. Em minha terra, por exemplo, há cobrança não só nos shoppings como nos supermercados também. Mas cobrança NÃO SIGNIFICA DINHEIRO. Cobrar significa exigir uma CONTRAPARTIDA do cliente. E em se tratando de shoppings significa O CLIENTE TEM QUE COMPRAR para poder utilizar as vagas durante um período “x”. Com todo o respeito que tenho pelo meu admirado prefeito João Henrique, eu nunca entendi a insistência na não-cobrança. Volto a dizer, COBRAR CONTRAPARTIDA e não cobrar pela vaga, pois ali se vendem mercadorias e serviços, NÃO É ESTACIONAMENTO.
Agora, a diferença entre cobrar contrapartida e cobrar pela vaga por hora, é que quem está na Justiça pedindo o direito de cobrança está pensando MESMO em aumentar a renda das administradores de shoppings transformando suas áreas de estacionamento de clientes em MAIS UMA FONTE DE LUCRO. E isto, sim, é intolerável.
No Sul e Sudeste, pela minha experiência pessoal, vi e vejo que chegamos no supermercado e no shopping e nos dão um comprovante de estacionamento. Este comprovante tem que ser CARIMBADO E VISADO pelos caixas do estabelecimento depois que efetuamos uma compra de um valor mínimo “x”, estabelecido por cada administração. Com isso, se ficamos duas horas no shopping fazendo nossas compras, na hora em que fazemos a última que desejamos e vamos pagá-la, pedimos ao caixa para carimbar nossa nota fiscal. No estacionamento, há uma bateria de caixas, a depender do tamanho do shopping ou do supermercado, que vai CONFERIR as notas fiscais carimbadas. Se extrapolamos o tempo máximo estabelecido ou compramos APENAS UM CHICLETE, o caixa nos cobrará a tarifa para então entregar o cartão de saída nas cancelas. Se compramos e não extrapolamos o tempo máximo, o caixa apenas nos dá o cartão de saída e bye bye, baby!
É assim no mundo civilizado. Mas, por aqui, com a ganância do capitalismo subdesenvolvido, o interesse é outro. Vão querer transformar os shoppings nos maiores estacionamentos privados da cidade. É só aguardar pra ver.

Táxi como capitania hereditária

 “Direito de ser taxista vai passar de pai para filho, decide Senado”
(Correio)

As licenças de exploração do serviço de táxi, vamos combinar, se transformaram numa piada no Brasil. Na maioria das vezes são dadas por interesses meramente políticos. Por questão de justiça, deveria ser feito concurso entre pessoas interessadas e deveriam ser agraciados aqueles que demonstrassem, através de avaliações psicológicas, os que mais tivessem EMPATIA COM O PRÓXIMO. Porque há uma quantidade enorme de “cavalos” neste setor e, agora, o Senado decidiu passar para os “cavalinhos” uma permissão que deveria ser PESSOAL E INTRANSFERÍVEL. Deveria ser também avaliado se esta será A ÚNICA ATIVIDADE do profissional, pois o que se vê, na prática, é o indivíduo ter a permissão e colocar outro para trabalhar. FALO COM PROPRIEDADE, pois já comprei placa de táxi, com minha indenização do jornal A TARDE, nos idos de 2003, e só consegui rodar com meu táxi 48 horas. É INSUPORTÁVEL. Daí a necessidade de avaliação psicológica para ter este direito. Logo contratei um motorista auxiliar, a quem eu explorava, obviamente, na minha santa ingenuidade e ignorância. Depois ele me mostrou o que é UM SERVIÇO ENTREGUE SEM CONTROLE, como é este serviço no Brasil. O auxiliar destruiu meu táxi e quando ele já não conseguia mais rodar, abandonou o trabalho e foi DESTRUIR OUTRO TÁXI de outra pessoa. Claro, depois de algum tempo, como vi que a experiência se repetia, como não sou oligofrênico, vendi a placa.
Agora, pergunto aos senadores, que votam coisas SEM PENSAR: quem nos garante que o filho do taxista vai querer ser taxista? Então, uma coisa que foi permitida para uma pessoa, será passada a outra que não terá: 1) a menor empatia com o trabalho; 2) terceirizará o trabalho; 3) transformará a placa em objeto de especulação financeira. E, aí, ao final, teremos A POPULAÇÃO TOTALMENTE PREJUDICADA com um serviço de táxi no qual são EXPLORADOS motoristas terceirizados nas mãos destes “herdeiros” da permissão ou então nas mãos de empresas de táxis, o que DEVERIA SER PROIBIDO.
Mas, isso são devaneios meus. É claro que o Senado vai aprovar isso. A Câmara também. Quem está preocupado com serviços bons para o cidadão? Só um idiota como eu. Talvez?

* Tenho formação acadêmica em Economia, Jornalismo, Radialismo e Psicanálise. Às vezes falo com propriedade sobre isso tudo. Às vezes, não. Quem decide é quem está lendo.

2 comentários:

  1. Quando os shoppings, há mais de 10 anos, colocaram as cancelas eletrônicas, os consumidores já estavam prevendo, mais cedo ou mais tarde, a cobrança de tarifas. Teve até político – que não merece ter o nome citado – fazendo média e defendendo supostamente o consumidor, contra a tal cobrança para obter simpatia e, lógico, votos. E, esse político até conseguiu mandato.
    A ganância por dinheiro fala mais alto e estamos aí, diante do impasse. O cidadão que já anda cheio de contas e sofre para honrar os compromissos, vive o abismo financeiro pessoal, ainda terá de pagar mais essa. Pagar estacionamento em shopping para fazer compras é ridículo.
    Vale lembrar que as lojas existentes nas ruas, como Avenida Sete de Setembro, por exemplo, vendem os mesmos produtos, por preços inferiores. É só ter paciência e procurar. O comércio de bairro é outra opção barata.
    Concordo com cobrança para quem não vai fazer compra, aquele cara que trabalha dos arredores e estaciona no shopping, às 9 horas e só retira o carro depois das 18 horas.
    Agora fico matutando, como homem do interior, na expectativa para saber quanto será cobrado no estacionamento na Nova Arena Fonte Nova. Estimo que deverá ser uma fortuna, bem acima do preço do ingresso do jogo. Em São Paulo, na Arena Barueri, paga-se R$ 50,00 para estacionar. Os ‘guardadores’ da rua cobram valores bem acima desse. É melhor ir de táxi mesmo.
    Por falar em táxi, é mais do que escandalosa essa história do táxi hereditário !!!

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  2. Quando os shoppings, há mais de 10 anos, colocaram as cancelas eletrônicas, os consumidores já estavam prevendo, mais cedo ou mais tarde, a cobrança de tarifas. Teve até político – que não merece ter o nome citado – fazendo média e defendendo supostamente o consumidor, contra a tal cobrança para obter simpatia e, lógico, votos. E, esse político até conseguiu mandato.
    A ganância por dinheiro fala mais alto e estamos aí, diante do impasse. O cidadão que já anda cheio de contas e sofre para honrar os compromissos, vive o abismo financeiro pessoal, ainda terá de pagar mais essa. Pagar estacionamento em shopping para fazer compras é ridículo.
    Vale lembrar que as lojas existentes nas ruas, como Avenida Sete de Setembro, por exemplo, vendem os mesmos produtos, por preços inferiores. É só ter paciência e procurar. O comércio de bairro é outra opção barata.
    Concordo com cobrança para quem não vai fazer compra, aquele cara que trabalha dos arredores e estaciona no shopping, às 9 horas e só retira o carro depois das 18 horas.
    Agora fico matutando, como homem do interior, na expectativa para saber quanto será cobrado no estacionamento na Nova Arena Fonte Nova. Estimo que deverá ser uma fortuna, bem acima do preço do ingresso do jogo. Em São Paulo, na Arena Barueri, paga-se R$ 50,00 para estacionar. Os ‘guardadores’ da rua cobram valores bem acima desse. É melhor ir de táxi mesmo.
    Por falar em táxi, é mais do que escandalosa essa história do táxi hereditário !!!

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