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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

JORNAL COMENTADO 38


tony pacheCo*

7:22 – 16.01.2013 – Quarta-feira

 'Financial Times' chama BC e Mantega de 'profissionais do jeitinho'
(O Estado de S. Paulo)

“Presidente Dilma pede e SP e Rio congelam a tarifa de ônibus”
(Tribuna da Bahia)

Depois da manipulação do Fundo Soberano no final do ano, para maquiar os resultados da economia brasileira em 2012, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tornou-se uma estrela internacional, agora denunciado até por um dos mais importantes jornais de finanças do planeta. Ao explicar para os seus leitores o “jeitinho” que Mantega dá nos números para eles se tornarem palatáveis para os investidores internacionais, o “Financial Times” disse que é, assim, uma série de providências que o brasileiro toma, muito criativas, mas sempre beirando a ilegalidade (sic).
E para corroborar a impressão internacional sobre o “jeitinho” de nossas autoridades econômicas, consta que a presidente Dilma Rousseff/PT resolveu dar uma ajuda a Mantega “pedindo” (ela pede alguma coisa?) aos prefeitos de São Paulo (PT) e do Rio de Janeiro (PMDB), que não aumentassem o preço das passagens de ônibus em suas metrópoles, porque isso ia fazer a inflação pipocar no primeiro mês de 2013, sinalizando uma alta crescente neste novo ano.
Quer dizer, a coisa é assim: eu tenho uma dívida que vence agora em janeiro, de 1.000 reais. Eu não pago, porque se não ficarei 1.000 reais mais pobre. Mas, uma hora eu terei que pagar. Resolvo pagar em junho e, aí, em junho, estarei, mesmo, 1.000 reais mais pobre. A isto se chama “maquiagem das contas” ou como meu amigo e jornalista Alex Ferraz nomeia: “Quanta-habilidade”, a versão matreira da contabilidade.
E lá vamos nós, Alices e Doroties, caminhando para o buraco, felizes da vida com nossos carnês de prestações das Casas Bahia...


 “Favorito na Câmara, Henrique Alves atribui denúncias a “jogo pré-eleitoral”
(Tribuna da Bahia)

“Vigiada por bode, casa sem identificação abriga empreiteira de ex-assessor”
(Folha de S. Paulo)

O PMDB não é um partido sem sorte, por só colocar na disputa de cargos de mando no Congresso parlamentares pra lá de controvertidos. Há outras razões em jogo... Primeiro veio o eterno controverso Renan Calheiros, das Alagoas, disputando o Senado. Agora, temos o candidato a presidente da Câmara, Henrique Alves, do paradisíaco estado do Rio Grande do Norte. Um sujeito que, segundo as denúncias contra ele, destinou mais de R$6 milhões em recursos públicos para o que, se suspeita, seja uma empresa de fachada em terras potiguares, empresa esta ligada a pessoas de estreitas relações com o próprio Henrique Alves.
Aí, o internauta perguntará: “Vixe! Mas o PMDB não tem quadros de ficha limpa para apresentar para o comando das casas do Congresso?”
A resposta é simples: TEM, TEM MUITOS. Mas, acontece, que os de vida controvertida comandam o partido, daí que não tem jeito, os controvertidos é que vão parar nos cargos de mando, com todo o desgaste da época de suas eleições. Mas eles raciocinam assim: "depois passa". 
Mas, vamos e venhamos, no final das contas, é igual às nossas vidas: você vai cantar alguém na rua, porque se interessou. O risco de tomar um murro ou um tapa, que seja, é grande. Mas, também, o risco de beijar uma pessoa pra lá de gostosa, também é grande. Aí, você pesa os prós e os contras e mete as caras...
Simplório?
Eu sei que sou simplório.

“É hoje!”
(Correio)

Com esta manchete de capa e cinco fotos das atrações do primeiro dia (bem fraquinhas, por sinal, os outros dias parecem estar bem melhores e alguns dias, muito, muito melhores), o “Correio” de hoje dá o pontapé inicial ao Festival de Verão 15 anos, uma promoção da Rede Bahia. Mas, o que quero dizer, na verdade, é que ADMIRO DEMAIS esta SINTONIA que há entre todos os veículos da Rede Bahia com os interesses do grupo. Há meses vemos na TV Bahia, nas FMs do grupo e no jornal “Correio” (hoje, o maior do estado da Bahia, sem sombra de dúvidas), uma propaganda intensa deste que é o maior festival de música do estado e um dos maiores eventos musicais do Brasil e do mundo, sem nenhum exagero.
Mas, nem sempre foi assim.
O Festival de Verão veio crescer justamente no momento em que o maior evento musical da Bahia, o “Arraiá da Capitá”, perdeu o seu notável mentor, o falecido Sérgio Simões, herdeiro do jornal “A Tarde” e diretor da então rádio popular “104 FM”.
O “Arraiá”, realizado durante os festejos juninos, era tão grande que houve uma noite com Reginaldo Rossi que poderia estar no “Guinness Book” dos maiores públicos da história do showbusiness baiano. Era uma festa monumental, realizada com grande competência por pessoas como Maurício Castro, Emília (secretária de Sérgio) e um grupo de dentro do próprio Grupo A Tarde, todos liderados por Sérgio Simões.
Mas, curiosamente, poderia ter sido uma história maior ainda. E por que não foi? Porque, ao contrário da Rede Bahia, onde há uma união de todos os veículos em prol das iniciativas de cada um deles, no Grupo A Tarde, o “Arraiá” de Sérgio era sabotado de todas as maneiras possíveis e imagináveis, sendo que, dentro do próprio jornal do qual ele era um dos herdeiros, não se conseguia colocar matérias sobre o evento.
Lembro-me (e Alex Ferraz, Clécio Max, Marinaldo Mira e tantos outros profissionais podem confirmar isso) que teve um ano que o boicote aos interesses do “Arraiá” era tão grande, que embora eu fosse empregado de Sérgio, como funcionário do jornal, ele insistiu em me CONTRATAR COMO ASSESSOR DE IMPRENSA do “Arraiá” da capitá, para fazer lobby junto ao próprio jornal do qual era um dos donos, afim de conseguir a inserção de matérias.
Achei estranho, mas, como aprendi com meu amigo dublê de jornalista e delegado, Antônio Matos, “bom cabrito não berra”, e aceitei a tarefa e com ajuda dos colegas citados aqui, conseguimos vencer resistências e fizemos uma divulgação perfeita naquele ano, justamente o ano em que Reginaldo Rossi bateu record de público em shows na Bahia.
Anos depois, o irmão de Sérgio, Silvio, por quem também dedico admiração, ofereceu-me a coordenação de um festival de música estudantil que seria promovido pelo jornal, mas, calejado com a tarefa de Atlas que foi fazer assessoria para o “Arraiá” dentro do jornal que promovia o “Arraiá”, declinei do convite, pois sabia que seria uma luta inglória divulgar o festival dentro do próprio jornal "A Tarde".
E, por causa disso tudo, mais uma vez, parabéns à Rede Bahia, pelo profissionalismo e feliz Festival de Verão Ano 15 para todos os que fazem e os que curtem! 

* tony pacheco tem formação acadêmica em jornalismo pela UFBA.

Um comentário:

  1. rpz, vc tem é historia sobre a tarde. porque n faz um livro/

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