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sexta-feira, 7 de junho de 2013

O Poder pelo Poder




Identifique os que entraram no navio

Ricardo Líper

Como eu acho engraçado quando as pessoas ainda acreditam em duas coisas: que existem homens no sentido real da palavra ou só comedores de mulheres que acham que isso é ser homem, ou que existem esquerda e direita, desejo do socialismo ou capitalismo. O que existe é o profissional do poder que veste qualquer roupa e camisa de qualquer time que esteja no poder. Muitos se surpreendem. Eu, nunca. Há muito o tempo das ideologias já terminou para os que acham que ser homem é apenas comer mulher ou não fazer sexualmente outra coisa, assim dizem, pois eu nunca os vejo em todas as horas da sua vida. Se esse é o conceito de homem, tudo é permitido e adeus a uma coisa tão tola como ideologia. Daí o que importa é o poder pelo poder. Mas tem uma coisa: quando o poder enfraquece, eles mudam também com uma rapidez impressionante. Dizem que se sabe quando o navio está naufragando quando os ratos começam a fugir. Um navio sem ratos é o maior perigo. Mas a nave chamada Brasil, não deixo de me lembrar do filme de Fellini E La Nave Va, tem um grupo forte no poder. Repare, cães de guarda, mamadores nas tetas do Estado, tem muita coisa no atual poder que aprecio. A nossa Dama, gosto de cara, principalmente porque impediu que imbecis nos tirassem a liberdade de imprensa e outras coisinhas mais. Outras coisas eu tento entender; certas manobras. Releio O Príncipe e compreendo mesmo os absurdos ou a comédia de se ter um homofóbico tratando dos direitos humanos. Mas o Supremo, Ah!, o Supremo, tem agido bem. Eu sei ler na entrelinhas. Montesquieu vive. O princípio é: quem paga os mesmos impostos tem de ter os mesmos direitos.
 Portanto, eu não ligo quando os cachorros acostumados a latir, a partir de suas viseiras, vierem me cobrar posições e se esqueceram, para agradar aos mais ou menos informados do partido que lhes botam a ração no prato, que não julgamos partidos, pessoas, mas seus atos. Porque é através dos atos que se constrói uma sociedade socialista e democrática que é o que eu desejo para a humanidade. Se os atos que pesam na balança nessa direção de esquerda forem concretos e observáveis, sem demagogia, sou o primeiro a aderir e defender, se não, sou o primeiro a criticar. Nenhum profissional do poder morre mais amarrado no mastro do navio que está para naufragar. Em muitos, acredito até que este defeito de caráter seja genético. 

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