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domingo, 9 de março de 2014

O Irã é aqui

Ricardo Líper

O Brasil, ou o jeitinho brasileiro, é uma coisa engraçada. É um país contraditório ou tirado a esperto para matar pessoas e depois anistiar os assassinos, por isso ou por aquilo, ou ficar com cara de besta, engasgado, sem saber o que fazer devido às suas contradições, demagogia, caça a votos e todo tipo de sujeira possível. Sempre foi assim. Acho mais honesta a posição do Irã. É contra os prazeres sexuais entre homens e é claro nas suas leis,  assume e pronto. Vai morrer no Irã quem quiser. Aqui ocorre o contrário: um  homogenocidio à la Brasil. Tudo aqui é falso. É oportunista e agora passou dos limites: o assassinato de  CELSO MAZZIERI,  um sujeito cujo crime foi o mesmo de Oscar Wilde, se é que isso é crime. Só que os justiceiros nos levaram, com esse ato, à barbárie, a ser um dos países mais homofóbicos do mundo. Como todos os outros desse homogenocídio que, sistematicamente, matam quem tem a ousadia de praticar o que os justiceiros acham ser pecado. Tanto a Igreja Católica quanto as protestantes deste infeliz país, como toda a direita e a esquerda, até bem pouco tempo, sempre odiaram esse tipo de gente que tem a ousadia de não se reproduzir porque, no fundo, a questão é essa: fabricar mão-de-obra barata.  CELSO MAZZIERI foi assassinado de forma  brutal e covardemente. Então este país-comédia  tem de assumir que é igual a Uganda e ao Irã com a maneira mais ridícula de ser que é mentindo, fazendo um jogo no qual quem mata é alimentado sistematicamente pela sociedade brasileira, por políticos que se elegem pregando a homofobia. Que o sangue dele e de outros sujem suas mãos.  Vamos, portanto, deixar de hipocrisia e assumir o homogenocidio brasileiro. E tem mais; equivocados homofóbicos de plantão, a vítima nunca é culpada. Por outro lado, garotos de programas fazem o que gostam. Associam o prazer ao dinheiro. A prova é que se a miséria do brasileiro o fizesse se relacionar com homens por dinheiro não sobraria nenhum miserável que não o fizesse. O que faz, então, a diferença deles para os veadinhos que matam o cliente para roubar é porque sabem que nada vai ocorrer com eles? O que separa uns dos outros é que mesmo com trejeitos de machos e namoradinhas de fachada, é que tem uns pobres desempregados que não se sentem bem em se prostituir porque não se sentem atraídos sexualmente por homens ou travestis. Como esses superficiais na análise que fazem vão explicar, então, isso? E aí debocham do Direito: a vítima é culpada. Objetivamente: quem gosta desse tipo de sexo no Brasil deve procurar asilo político em países verdadeiramente democráticos e juntem as provas do homogenocídio brasileiro com sistemáticos assassinatos, os discursos exaltados de mutos políticos brasileiros contra o sexo com o mesmo sexo que é material suficiente para pedir asilo político. E os estrangeiros não pisem mais aqui porque podem ser mortos como foi Celso Mazzieri. Peço que traduzam o texto e divulguem para proteger aqueles inocentes que podem vir aqui para voltarem para casa em um caixão. O oportunismo não consegue mais esconder esse genocídio. Muito pelo contrário, só depõe contra quem quer posar de democrata, por oportunismo, sendo um bando de ditadores  oportunistas homofóbicos. Se esse país fosse um país sério estaria de luto.

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