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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Durou pouco a liberdade da Internet

Ricardo Líper

Leia primeiro o que está dito aqui neste link:

http://www.claudiotorres.com.br/o-marco-civil-da-internet-problema-ou-solucao-censura-ou-liberdade/

Caso não entre logo nesse site com um clique, copie e cole. Nem conheço o autor, mas acho suas ponderações muito verdadeiras.

O negócio é o seguinte: o poder político de qualquer governante, partido, seja lá que poder exerça: do papai, do professor, de quem se relaciona com o outro, são sempre relações de poder. Foucault mostrou isso claramente e Nietzsche também com a vontade de potência. Foucault chegou a dizer que todos nós somos fascistas. A vontade de poder é incontrolável. Segundo Nietzsche, é uma força cósmica que atua no homem também: a vontade de potência. Por isso nunca me interessa o que o sujeito está discursando. Eu sei, a priori, que ele não quer o bem de ninguém. Ele só quer o poder para satisfazer seu fascismo interior que é regra cósmica que atua sobre ele. Justificar-se a si mesmo é facílimo, ele mente para si mesmo, para os outros, para todo mundo. O poder ele não exerce, o poder o possui. Ele quer o poder para exercer essa força que é a vontade de poder. A vontade de potência que está em todos nós. 
Foucault deu uma solução quando falou na sua ética dos cuidados de si inspirados nos filósofos gregos e romanos. E Nietzsche de transformar sua vida em uma obra de arte.
Isso, em linhas bem gerais, é como se escapar do nazi-fascismo que habita em todos nós.
Daí a falência de todas as utopias quando elas chegam ao poder. O poder inebria com as razões de Estado. O fascismo com suas manhas, suas justificações, vem devagar, mas atinge o alvo. Mandar de forma absoluta, nas democracias, de forma maquiada, nos outros. A fera precisa de sangue. O sangue aí pode ser o real matando os outros como os vampiros, que é a melhor alegoria literária a isso, ou matar a liberdade. 
As feras dominadas pela vontade de poder só pensam em uma coisa: ter e exercer o poder. O dinheiro, o roubo é para ter no dinheiro um poder para mandar. Daí a vergonha que o Brasil está passando, porque os países estrangeiros agora são que denunciam os suspeitos do nosso País de terem feito, com eles, negociatas. 
Não querer o poder, não tentar dominar os outros, ir de encontro à vontade fascista de oprimir, roubar, matar o semelhante, para isso é preciso uma filosofia de vida inspirada em Foucault, nos helenistas, nos sofistas, nos cínicos, em alguns anarquistas realmente libertários. É dificil. A coisa mais dificil no ser ser humano, é não ser a fera fascista que habita em todos, dos leopardos na caça até os seres humanos.  Só aquele que se humaniza, quer dizer, deixa de ser a fera louca do poder é de fato humano. Mas é raro. Assumiu o poder, o lado animal imediatamente se manifesta.  Democracia, liberdade do outro, essas coisas todas são maquiagens que o vampiro usa para sangrar suas vítimas. Dar a elas a ilusão da liberdade para melhor as submeter. Demorou até a censura, aparentemente, querendo defender que uns e outros vivesse m um pouco o clima de liberdade. A Internet vai ser agora mais um truque para enganar e submeter as pessoas. Como fazem com a história, com o ensino, com os jornais, com a televisão e agora com a Internet. O que eu sei é que meus alunos, quer dizer de onde ensino, um morreu assaltado e uma garota de dengue hemorrágica. Isso é lamentável não só para os meus alunos, mas para qualquer ser humano. E eu sei que não foi nem o mosquito nem a violência. Foram as feras que, anos após anos, exerceram sua animalidade nesta cidade, neste País, neste mundo. O resultado só pode ser a nossa realidade, o que vivemos. O terror absoluto na miséria sob todos os pontos de vista: cultural, educacional, fisicamente, qualidade de vida, capacidade de sobrevivência. Enfim, miséria absoluta em tudo, maquiada pelas feras que as provocam. Enfim, muitos estão contentes com a Copa do Mundo, muitos estão contentes com isso e aquilo e eu suspeito que apenas há poder e dinheiro para alimentar as barrigas dos leões, dos leopardos, das cascavéis, das cobras corais. É natural. Apenas, natural.
É a vontade de potência:
poder + dinheiro = fascismo maquiado de democracia.
O resto é história de carochinha. O resto, como disse o velho Marx, é ideologia. Conversa mole, coisa de sabidos nos tirando por otários. 

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