Filmes Comentários

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

POLÍCIA DO BRASIL MATA EM 6 DIAS O QUE A POLÍCIA BRITÂNICA MATA EM 25 ANOS... DIZER MAIS O QUÊ DESTA SELVA?

 Alex Ferraz

            Uma atira e depois não consegue perguntar. A outra pergunta e raramente  atira.
Manchete em todo o País a conclusão de levantamento respeitável do Fórum Brasileiro de Segurança sobre a violência no Brasil, que, entre outras coisas, revelou que a polícia brasileira mata em 6 dias o que a britânica matou em 25 anos.
Não me surpreendeu. Quem tem um mínimo de decência e perspicácia já percebeu, há muito tempo, que, independentemente de cores partidárias, os governos, tanto federal como estaduais, fazem vista grossa para a matança. Ou, se por acaso pensam em fazer algo, devem estar acuados pelo poder explícito das armas. Talvez temam fazer parte de suas próprias estatísticas...
De outro lado, meia dúzia de riquinhos, encastelados em  mansões ou apartamentos de luxo, com apoio, inclusive, de muitos mal remediados, apóiam aberta o extermínio puro e simples.
Tivessem um pouco de dignidade e notariam que isso é uma vergonha para o País.
De que adianta ter iates, mansões, esnobar grana, se do lado de fora de suas portas e marinas a bala é a lei, inclusive por parte da Polícia? Vivemos num Haiti, senhores! Não se iludam, pois mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira, já dizia o filósofo Renato Russo.

DITADURA, DE NOVO?
Nunca gostei e jamais aplaudi os governos “esquerdizóides” de Lula e Dilma, até por não acreditar mesmo no populismo petista, enquanto eles próprios se locupletavam. No entanto, cabe assinalar que, com Temer, o Brasil está dando uma guinada perigosa para o autoritarismo. Para ilustrar, vejam este comentário do jornalista Carlos Newton: “Os sindicalistas têm razão. O Supremo atropelou a Constituição e praticamente extinguiu o direito de greve dos servidores. O desconto nos salários só poderia ocorrer em caso de greve declarada ilegal. O país virou mesmo uma esculhambação jurídica. Nunca se viu nada igual.”
Êita!

RENAN VIROU ARÍETE CONTRA A LAVA JATO 
Renan Calheiros estaria articulando indicações para o Conselho Nacional de Justiça, que é o órgão que pune juízes. Está franca e abertamente tentando intimidar e parar a Justiça, pois vai colocar “gente sua” lá e já deixou claríssimo o que pensa dos juízes sérios. 
Aliás, o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, advertiu na semana passada que o País vive uma situação na qual “estão tentando ressuscitar diversos mecanismos a fim de parar as investigações no âmbito da Lava Jato”. O procurador conversou com o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).
A declaração de Santos Lima de que estão tentando “parar” o desenrolar das investigações do maior escândalo que atingiu a Petrobras é uma referência à proposta do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), de tentar aprovar a Lei de Abuso de Autoridade. A lei data de 1965, mas o projeto para sua reforma, de autoria de Renan, é de 2009, e estava engavetado até agora. Vamos ficar, pois, atentos.
INDÚSTRIA DE DIPLOMAS
Do leitor assíduo e colaborador Carlos Quintela, recebo a seguinte observação: “Não entra na minha cabeça terminar o curso superior e depois, papo furado de especialização, ter que fazer uma pós-graduação para validar ou valorizar o diploma. Ora, por que essa pós não é dada dentro do curso universitário? Aí tem o chamado capitalismo selvagem para engordar muita gente. A pós vai fazer consumir mais tempo e, claro, dinheiro.  Já os mestrado e doutorado servem para encher chouriça em busca de um ‘medalhão’ como vitória de ter conseguido chegar ao último estágio. O que deveria valer mesmo, para reforço do concluído terceiro grau, era um ‘Curso de Atualização’ em um ou dois meses. E só.                              
DESCENDO A SERRA...
E agora, hein? José Serra!  Tanto posou de íntegro, foi denunciado pelo recebimento de R$ 23 milhões de caixa 2, depositados na Suíça, doados pela Odebrecht, que, aliás, foi quem deu à Lava Jato dois nomes como sendo os operadores da grana repassada pela empreiteira à campanha presidencial de José Serra, hoje chanceler, na eleição de 2010. 
Este País, pelo menos por esses próximo séculos, parece que não tem jeito, mesmo.

* Publicado por Tony Pacheco a pedido e com autorização de Alex Ferraz. 


terça-feira, 25 de outubro de 2016

HILLARY CLINTON E THERESA MAY SÓ TÊM COMPROMISSOS CONSIGO MESMAS. OS ELEITORES QUE SE LIXEM.

JORNAL COMENTADO 269
tERÇA-feirA, 25.10.2016

TOnY PAcheco

"Por que político não cumpre o que promete?"
(coluna GiraMundo, rádio CBN Salvador)

Julian Assange, fundador do Wikileaks, provou com documentos que Hillary Clinton, que faz um discurso sobre a importância de as mulheres tomarem a primazia em todas as áreas, prefere trabalhar com homens do que com mulheres, pagando aos primeiros mais de 300 mil dólares/ano enquanto só paga 185 mil dólares/ano às mulheres que trabalham com ela.
E Theresa May, a nova primeira-ministra do Reino Unido, anda arrotando que vai começar o processo de saída da União Europeia no próximo mês de março, só que há poucos meses ela dizia publicamente que era contra a saída e desde o plebiscito do Brexit a Libra Esterlina caiu 30% e a economia inglesa começou a emburacar.
Veja na coluna GiraMundo de hoje o porquê de os políticos sempre fazerem o contrário do que prometem.
Use o link abaixo para ouvir a coluna na rádio CBN. Se tiver problemas auditivos, é só ler o texto da coluna em seguida. Depois, deixe sua opinião aqui.

http://www.cbnsalvador.com.br/noticias/single-noticias/noticia/tony-pacheco-fala-os-politicos-nunca-falam-a-verdade/?cHash=7f4c3ae7a6d0c93ed2a5f26090c9064a



Bom dia amigas e amigos da CBN!
Julian Assange, fundador do Wikileaks que vive refugiado na Embaixada do Equador em Londres, divulgou documentos que mostram que Hillary Clinton, a candidata feminista a presidente dos EUA, prefere trabalhar com homens do que com mulheres, pagando aos homens 346 mil dólares por ano e, às mulheres, apenas 185 mil.
Já a primeira-ministra da Inglaterra, Theresa May, disse, no domingo, que começará o processo definitivo de saída do seu país da União Europeia, exatamente em março próximo. Só que a imprensa europeia lembrou que ela lutava, até há poucos meses, para manter a Inglaterra na União. Theresa May está fazendo exatamente o contrário do que prometia aos seus eleitores.
E a pergunta da semana é: por que político não consegue cumprir o que promete?
Nós brasileiros julgamos nossos políticos severamente por não cumprir nenhuma promessa de campanha. Facebook e WhatsApp estão aí para mostrar que somos impiedosos com nossos políticos, os desmoralizando todo dia. Mas a verdade é que a democracia burguesa é exatamente baseada nisso: devem ser eleitos aqueles que estão dispostos a prometer mudanças e, na prática, não mudarem nada na sociedade.
Resposta da semana: políticos são escolhidos pelos deuses ou pelos demônios entre aquelas pessoas que não têm o menor compromisso com a verdade. O bom político tem um único compromisso: sobreviver pessoalmente. Daí Theresa May tirar a Inglaterra da União Europeia e Hillary pagar aos seus homens melhor do que às suas mulheres. Político só pensa em si mesmo. E quem acha o contrário deve acreditar também em Papai Noel. Tony Pacheco para a CBN Salvador.





quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Meu testemunho sobre o filme "Stonewall – Onde o Orgulho Começou"

Ricardo Líper

        




 Nunca me interessei falar sobre os prazeres sexuais. O muito falar sobre eles só tem como objetivo reprimi-los. O meu foco é sempre político e também os prazeres sexuais só são vistos, por mim, sob esse ponto de vista. Ou mais precisamente sob a ótica libertária e não ditatorial. E, devido a isto, sempre foquei pesquisar e estudar constantemente o anarquismo e os ditos e escritos de Pierre Clastres, Jacques Monod e Michel Foucault.
            O que meu objeto de pesquisa foi sempre sobre a dominação do homem pelo homem. Por isso analiso e luto contra todo tipo de dominação e onde ela se manifesta. Então me situo na filosofia política e as reflexões que me levam a ela como a filosofia da história e estética como  uma forma, quase, sempre também censurada. Então sempre foquei pesquisar e estudar constantemente o anarquismo e os ditos e escritos de Pierre Clastres, Jacques Monod e Michel Foucault. Por isso fiz um mestrado que dei o título de O Desperdício do Sêmen que é a causa da dominação dos prazeres sexuais em sociedades organizadas a pós-antiguidade greco-latina e um doutorado sobre, em grande parte, a analítica do poder em Foucault.
            Como já disse, e vou repetir para enfatizar, não me interessa, fora do aspecto político, o muito falar sobre o sexo porque, como muito bem diagnosticou Foucault, a única finalidade do muito falar sobre os prazeres sexuais é exercer e estender a dominação em uma biopolítica para dominar e regrar como o homem se reproduz. Daí legislar, criminalizar, discursar a exaustão como fazem os psiquiatras, médicos, psicólogos, geneticistas, religiosos etc sobre os prazeres sexuais cuja única finalidade é dominar a reprodução humana para manter e criar novas forças de trabalho e buchas de canhões. Portanto é uma questão unicamente política. Portanto quando estou escrevendo e falando sobre os prazeres sexuais é sempre sobre a sua dimensão política. Se lhe interessar não deixe de ler o livro Nascimento da Biopolítica de Foucault e sua palestra As Malhas do Poder, que ocorreu, por incrível que pareça aqui em Salvador na FFCH. E foi publicada, pela primeira vez, na revista anarquista Barbárie que nos fez entrar, talvez pelas portas do fundo, nesse pequeno detalhe deles terem feito a publicação, em uma primeira tradução para o português, desse texto de Foucault, ainda inédito e, assim ficou muito tempo. E assim, Eduardo Nunes e Hilda Braga, acabamos todos entrando para a história da filosofia. KKKKK.   

            Recentemente, vi um dos melhores filmes sobre a luta política pela liberdade sexual:  Stonewall – Onde o Orgulho Começou. Em minha opinião, o foco do filme é político. Ele mostra, em quase todas as cenas, como um grupo oprimido violentamente pelo biopoder sofre e se revolta. E enfrentaram um dos paises mais armados e violentos e também, como seria de esperar, radicalmente opressor da liberdade dos desejos sexuais humanos pela sua necessidade de fabricar soldados para sua guerras imperialistas.
            Lamentavelmente esse filme em uma cidade chamada Salvador só foi lançado em um cinema em dois horários em um shopping famoso por seus cachorrinhos de madame, em uma sala de luxo na qual a entrada é mais cara. O resto dos exibidores de filmes não o exibiu até agora. E, ao que me parece, não foi de propósito, foi por displicência, fora de foco, enfim brasilidade e baianidade. O mesmo aconteceu com outro importante filme sobre o mesmo assunto: Cavalos Selvagens (Wild Horses). Só foi exibido em Salvador, até agora, na Sala Walter da Silveira, em poucos dias, no momento em que a sala estava sem ar condicionado. Enquanto o mundo todo vê e comenta esses filmes, Salvador dorme deitada eternamente em berço esplêndido.   


terça-feira, 18 de outubro de 2016

É ERRO OU ACERTO O NOBEL DE LITERATURA PARA BOB DYLAN?


JORNAL COMENTADO  268
Terça-feira, 18.10.2016

TOny PAchECo

"O Prêmio Nobel de Literatura para quem não tem obra literária".
(Coluna GiraMundo, rádio CBN Salvador)

Ouça a coluna usando o link abaixo. Se portar audição deficitária, leia o texto abaixo. É quase ipsis litteris o que diz a coluna. Depois deixe sua opinião. Contra, a favor, muito pelo contrário...





Bom dia amigas e amigos da CBN!
A concessão do Prêmio Nobel de Literatura a Bob Dylan, que não tem uma obra literária e, sim, uma obra musical, leva à pergunta da semana: o que está se passando na Academia Sueca de Letras?
Quem, como eu, teve a adolescência embalada pelas músicas de Bob Dylan, deve ter ficado feliz com a escolha do compositor americano, tido, no auge da sua carreira, como um revolucionário, simpatizante das causas pacifistas e contra o imperialismo americano. Robert Allen Zimmerman, o verdadeiro nome de Bob Dylan, não é e nunca foi um literato: não escreveu um romance ou livro de poesia e sua carreira de letrista musical, que poderia, com boa vontade, ser confundida com a carreira de um poeta, é muito irregular para merecer uma honraria tipo Nobel de Literatura. Tem muita letra bonita de Bob Dylan, mas tem uma maioria de coisas insossas, sem o frescor de "Blowin' in the Wind", que, aliás, fica melhor na voz de Joan Baez que na voz pequena de Dylan.
É por estas e por outras, que em 1964, Jean-Paul Sartre, este sim, um verdadeiro gênio da literatura e da filosofia e do ativismo político, quando soube que ia ganhar o Nobel de Literatura, imediatamente fez chegar à Academia Sueca a sua recusa ao prêmio, vários dias antes de ele ser anunciado, para propiciar a mudança para uma outra pessoa. Os suecos, em sua divina arrogância, se recusaram a aceitar a recusa. E aí Sartre abriu o bocão e disse que jamais permitiria que sua obra fosse atrelada a uma academia que só premiava autores ocidentais ou de ideologia conservadora.
Resposta da semana: a Academia Sueca está querendo surfar na onda midiática do mundo moderno e escolheu o roqueiro só para chamar a atenção sobre a sua atual quase irrelevância. E acabou confirmando a acusação de Sartre: Bob Dylan nem pode ser considerado um poeta revolucionário, pois já negou várias vezes que tivesse simpatias por qualquer coisa revolucionária. Que treta tosca e lamentável essa. Esperemos que os suecos sobrevivam a essa bobagem. Tony Pacheco para a CBN Salvador.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016


Publicado por Tony Pacheco da fonte:  http://www.textoecensura.ufba.br/


VOZES DO TEATRO EM TEMPOS DE DITADURA
 A equipe Textos Teatrais Censurados convida pesquisadores, estudantes e interessados para o seminário “Vozes do Teatro em Tempos de Ditadura Militar: equipe textos teatrais censurados”. O evento irá comemorar os 10 anos da equipe Textos Teatrais Censurados, grupo de pesquisa que, desde 2006, desenvolve estudos acerca dos textos teatrais censurados produzidos e encenados na Bahia. Além da apresentação das pesquisas desenvolvidas pelos integrantes do grupo, teremos duas mesas temáticas dedicadas à memória e à história do teatro baiano, com a presença de atores, diretores, produtores e dramaturgos que fizeram teatro na Bahia nos “anos de chumbo”.
O evento acontecerá nos dias 20 e 21 de outubro de 2016, na Universidade Federal da Bahia,  no Auditório do Pavilhão de Aulas Glauber Rocha (antigo PAF III).
As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas através do e-mail: comissaotempos@gmail.com
Haverá emissão de certificados.
PROGRAMAÇÃO:

20 de outubro de 2016.
Exposição de documentos do arquivo textos teatrais censurados
– mural do pet e outros espaços.
9h às 10h – abertura
Rosa Borges – a pesquisa com os textos teatrais censurados em 10 anos
10h às 12h – mesa-redonda: o teatro em tempos de ditadura: experiências, vivências e memórias
Cleise Mendes – quando a censura é a tragicomédia
Luiz Marfuz – a tribuna no palco e a tesoura na cabeça: o teatro de militância na década de 70, na Bahia.
Raimundo Matos – ainda que censurado, o teatro não se manteve calado
Ricardo Líper – os trechos eliminados, pela censura, na minha peça “O Adorável Cogumelo da Bomba Atômica”.
14h às 16h – mesa-redonda: textos teatrais censurados: percursos de pesquisas
Ludmila Antunes de Jesus – nas trilhas do teatro de cordel de joão augusto: caminhos de uma pesquisa
Luís César P. Souza – “… e todos foram heróis”: um texto não ficcional sobre os primeiros anos da pesquisa com teatro censurado na Bahia
Fabiana Prudente – das variantes linguísticas às variantes textuais: uma trajetória de pesquisa
Mabel Meira Mota – em cena Ariovaldo Matos: leituras do arquivo e do texto teatral censurado (2008-2016)
Débora de Souza – acervo Nivalda Costa: itinerário de uma pesquisa
relatos das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de iniciação científica
16h às 18h – mesa-redonda: textos teatrais censurados: edições e possibilidades de circulação
Isabela Almeida – tessituras, tramas e textos: edição da dramaturgia de Jurema Penna
Ari Sacramento – a filologia como procedimento de leitura: estudos interseccionais de textos teatrais censurados
Hugo Correia – Bemvindo Sequeira: um personagem do seu tempo
Eduardo Silva Dantas de Matos – os manuscritos de Cândido ou o otimismo, uma adaptação de Cleise Mendes: propostas de edição genética e reflexão sobre a função-autor do editor
Rosinês de Jesus Duarte – as mulheres no teatro baiano dos anos 70
21 de outubro de 2016.
9h às 10h – mesa-redonda: homenagem a Nivalda Costa
Anderson Spavier e Carmedite Moreira – Nivalda Costa: entre encontros, poemas e performances
Débora de Souza – Nivalda Costa e o teatro negro na Bahia
10h às 12h – mesa-redonda: textos teatrais censurados: pesquisas em desenvolvimento
Eliana
Correia
Brandão Gonçalves – textos teatrais, vigilância e censura: breves relatos de uma pesquisa
Carla Ceci Rocha Fagundes – acervo Deolindo Checcucci: um olhar crítico-filológico sobre os textos teatrais infantis
Brígida Prazeres Santos – jornais baianos, reminiscências e notícias de censura aos textos teatrais
Elifrance de Oliveira Marins – estudo do vocabulário a partir de edições de textos teatrais censurados
André Luís de Alcântara Santos – leitura do vocabulário em edições de textos teatrais censurados de João Augusto
pausa almoço
14h às 16h 30min – sessão de depoimentos: cenas do teatro baiano: vozes da memória
Francisco Ribeiro Neto – central de protestos
Reinaldo Nunes – susto e serenidade
Manoel Lopes Pontes – o teatro na Bahia
Maria Celeste Almeida Viana – conhecendo minha identidade crítica através da arte de representar
Waldemar Nobre – a censura ou o sufoco da arte
16h 30min às 18h – apresentação de vídeos: memória e presença
Bemvindo Sequeira
Deolindo Checcucci
Mário Gadelha
18h – encerramento

fonte: http://www.textoecensura.ufba.br/


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Os Profissionais do Poder e suas Artes

Ricardo Líper

Eu não acredito que é com esses profissionais do poder que se muda o mundo. Só se muda o mundo com as lutas sociais, sem profissionais que tentam se apropriar das lutas dos outros como um meio de conseguir uma profissão que lhe proporcione capital no jogo da democracia burguesa. O que se tem observado é que primeiro surgem as lutas sociais como as das mulheres serem iguais aos homens, para se acabar o racismo, com a ampliação da liberdade sexual e o amor livre. No início, os partidos combatem esses grupos e essas bandeiras, mas quando percebem que muitos estão aderindo a essas lutas, o profissional do poder aparece para usar essas propostas em beneficio próprio para ganhar dinheiro uma vez que é sua profissão.
Estes profissionais existem porque são criados para poderem domesticar essas lutas sociais com seus acordos (e são regiamente pagos para isso pelo poder do Estado democrático).
Nunca me surpreendi como pessoas que eu sei que nunca suportaram negros, veados, mulheres livres posam hoje junto com eles com sorrisos de miss para ganhar seu sustento. Ah! como a maioria dos seres humanos são engraçados, inteligentes e venais! Mas o povo, depois de séculos sendo ludibriado, cada vez mais não acredita neles. Já está colocando o sem partido para escapar dessa curiosa maneira de iludir os outros para ganhar dinheiro.